Henrique Roscoe (VJ 1mpar)

Henrique Roscoe é artista digital, músico e curador. É graduado em Comunicação social pela UFMG e Engenharia Eletrônica pela PUC/MG, com especialização em Design pela FUMEC. Com o projeto audiovisual conceitual e generativo HOL se apresentou nos principais festivais de imagens ao vivo no Brasil como Sónar, FILE, ON_OFF, Live Cinema, Multiplicidade, FAD e também no exterior, na Inglaterra (NIME, Encounters), Alemanha (Rencontres Internationales), Polônia (WRO), EUA (Gameplay), Grécia (AVAF), Itália (LPM e roBOt), e Bolívia (Dialectos Digitales). Desenvolve instalações interativas e cria instrumentos e interfaces interativas usando sensores e objetos do cotidiano, gerando construções inusitadas.

Na exposição Adrenalina – a imagem em movimento no século XXI ele apresenta a obra interativa Hol | Dot, um videogame sem vencedor, de 2011. A obra é uma instalação/performance audiovisual com sons e imagens sincronizados, tocados em um “console” construído e programado pelo artista, e controlado por um joystick de videogame retrô (Nintendo). A ideia é subverter a lógica dos games antigos, mas usando sua estética, sons e elementos gráficos característicos. A performance trata de alguns temas ligados aos videogames ou aspectos do cotidiano de forma crítica, através de imagens abstratas e simbólicas. Todas as imagens e sons são criados pelo artista e tocados em tempo real. Este instrumento é completamente autônomo, e funciona sem a necessidade de um computador.

Mostra Live Cinema – São Paulo (BRA), October, 7, 2011 | photo: agnaldo mori
Mostra Live Cinema – São Paulo (BRA), October, 7, 2011 | photo: agnaldo mori

ponto03

PONTO, um videogame sem vencedor
video game
2011

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Chris Coleman

Chris Coleman nasceu na Virgínia Ocidental, nos EUA, e recebeu seu título de mestre (MFA) da SUNY Buffalo, em Nova York. O seu trabalho inclui esculturas, vídeos, programação criativa e instalações interativas. Coleman já apresentou seu trabalho em exposições e festivais em mais de 20 países, como Brasil, Argentina, Singapura, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Itália, Alemanha, França, China, Reino Unido, Letônia e por toda a América do Norte. Seu projeto de software de código aberto, Maxuino, desenvolvido em parceria com Ali Momeni, teve mais de 50 mil downloads de usuários em mais de 120 países, e é utilizado no mundo todo em aulas de Computação Física. Ele vive atualmente em Denver, no Colorado. É Diretor de práticas digitais emergentes e leciona na Universidade de Denver, nos EUA.

Sua obra Metro Re/De-constrution, de 2014, está em exibição na exposição Adrenalina – a imagem em movimento no século XXI.

METRO é uma viagem que começa de fora para dentro. É a documentação de um espaço físico, capturado com precisão milimétrica nas suas coordenadas, cores e texturas. Vários trajetos foram realizados para aprimorar esta reconstrução digital afim de recriar uma experiência abstrata relacionada a experiência de se utilizar o transporte público. Com um scanner 3D portátil e um laptop, o artista se transladou cotidianamente no Denver Light Rail (sistema de trem urbano). O trem foi escaneado andando pelo vagão de uma ponta à outra enquanto estava em movimento, e as estações foram capturadas em passeios curtos entre as paradas. A fragmentação e as lacunas nos dados são definidas pelos trancos, pela velocidade e pelas curvas dos trajetos, que afetavam o equilíbrio do artista enquanto capturava a os dados. Apesar das células do trabalho serem stills, elas são documentos de tempo, perspectivas e percepções específicas. Assim sendo, duas situações de captura nunca serão iguais: cada uma representa a documentação daquele corpo único, naquele trajeto específico. Com design de som de George Cicci a obra comissionada pelo DENVER DIGERATI para o DENVER THEATRE DISTRICT em 2013.

Chris Coleman - METRO, 2013  (still frame)

Chris Coleman – METRO, 2013 (still frame)

METRO Re/De-construction
video, 6’41” loop
2013

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