A segunda semana do PULSO está rolando e as atividades não param. Em cada um dos seis ateliês, as equipes dos curadores André Maleronka, Chico Cornejo, Dago Donato, Fabrício Nobre, Karen Cunha e Kiko Dinucci se reúnem para trocar ideias, criar novos sons e bolar colaborações, além de aproveitarem o Red Bull Studios e a programação de eventos e palestras.
Hoje, cruzamos com o rapper Ogi e trocamos uma ideia sobre como está sendo a experiência. Junto com o produtor Nave e o rapper Don L, ele faz parte do coletivo de Andre Maleronka. “Pra mim tá sendo uma experiência foda, poder contar com vários músicos, todos com uma coisa em comum. Isso não é tão fácil de acontecer. A gente chega aqui e tem várias salas, então posso achar um cara pra tocar uma guitarra, uma flauta, uma bateria, programar um beat. Trocar essa musicalidade do meu estilo, que é o rap, com outros estilos musicais é do caralho. Não quero que acabe”, nos contou o rapper.
Desde que começou a ocupação, Ogi já fez um som com o Rodrigo Gorky (do Bond do Rolê e parte do coletivo do curador Fabricio Nobre) e o bateirista Thomas Harres (convidado pelo curador Kiko Dinucci). Até a galera do Holger colou no Station e gravou umas guitarras com o rapper.
“O cara que é de outra cena tem outra vivência, diferente da minha do rap. Eu aprendo muito com eles em várias coisas, não só musicalmente, mas como se organizam e tal. São coisas que posso agregar no meu trabalho também”.
Talvez ainda demore um pouco para ouvirmos o resultado dessas produções feitas durante o PULSO, já que o próximo álbum do rapper já está quase pronto, agora em fase de mixagem. Previsto para ser lançado no final de julho ou começo de agosto, “Rá!” é o sucessor do elogiado “Crônicas da Cidade Cinza”, de 2011. “Eu nunca fui ou soube como é ser de gravadora. Sempre vi vários caras trabalhando por conta própria. A maior dificuldade é ter que fazer tudo, desde fechar o show, produzir o disco, divulgar. Mas a vantagem é que tá tudo na sua mão, tenho autonomia sobre tudo e posso fazer o que der na telha”.
Por Camila Alam.