Sábado, 18/06/2016
sábado • 14H - 22H
LocalAuditório
IngressoEntrada gratuita
Idealizado pela rede de conteúdos Brasis e apoiado pelo Red Bull Amaphiko, Os Brasis em SP é um festival e uma residência artística a fim de revelar mestres da cultura brasileira que vivem na capital paulista.
Entre junho e novembro, o evento levará ao Red Bull Station palestras, oficinas para selecionados e, por fim, uma mostra contando as histórias de quatro personagens que mantêm viva, de diferentes formas, a cultura brasileira na cidade: Carlão do Peruche (mestre de jongo e da velha guarda do samba paulistano), Graça Menezes (referência de cultura maranhense no Morro do Querosene), Nega Duda (referência do samba de roda do Recôncavo Baiano) e o educador cultural e espiritual índigena Pedro Luiz Macena.
Abrindo o evento ao público, no dia 18 de junho estes mestres se juntam a outros pesquisadores culturais para conversar sobre iniciativas focadas em preservar os saberes e fazeres brasileiros, com falas e apresentações musicais.
Veja abaixo a programação e CONFIRME PRESENÇA AQUI:
14h30 – Os mestres e a cidade: o patrimônio vivo como protagonista urbano e a experiência no projeto Mestres Navegantes, por João Rafael Cursino.
Doutor em História pela USP, Rafael é músico e agente de cultura em sua cidade, São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, em São Paulo. Seu trabalho de pesquisa é sobre o impacto positivo e fundamental da atuação dos mestres de cultura para a reconstrução da cidade de São Luiz após a enchente que, no ano de 2010, destruiu boa parte do patrimônio material da cidade. Além de compartilhar essa pesquisa, ele irá contar a sua experiência como um dos redatores da primeira edição do projeto Mestres Navegantes, realizada também em São Luiz.
15h – Estética do bem-querer: a fotografia como ferramenta para empatia e resistência cultural, por Ratão Diniz.
Construindo uma relação de respeito e responsabilidade, o fotógrafo independente formado pela Escola de Fotógrafos Populares Ratão Diniz registra principalmente resistência e beleza brasileira: favelas em sua cidade (Rio de Janeiro), interiores de casas, festas ditas populares, grafite. Fotógrafo independente, vem documentando desde 2007 o projeto “Revelando os Brasis”. Já participou de inúmeras mostras fotográficas no Brasil e é autor do livro Em Foto (Mórula Editorial, 2014: Rio de Janeiro).
15h30 – A voz dos sujeitos: a comunidade como autora da sua história, o caso do jornal A Sirene, por Gustavo Nolasco.
Roteirista, escritor e jornalista, o mineiro Gustavo vai falar sobre a criação e funcionamento de A Sirene, um jornal feito por e para os moradores de Mariana e Bento Rodrigues após o rompimento da barragem, com a presença do coletivo #UmMinutodeSirene, buscando a memória e a salvaguarda das histórias locais e com a intenção de que as pessoas não se esqueçam do maior crime ambiental da história recente do Brasil.
16h – Descender para transcender: a arte visual como linguagem para o exercício da liberdade afrobrasileira, a experiência no festival Afrotranscendence, por Diane Lima e Aline Motta.
Baiana da Chapada Diamantina, diretora criativa do NoBrasil e mestranda em semiótica pela PUC SP, Diane irá compartilhar o processo de pesquisa e curadoria do festival AfroTranscendence e o projeto de audiovisual em websérie que documenta e amplifica as discussões do encontro. Artista plástica carioca, Aline Motta irá apresentar “Escravos de Jó”, projeto de arte audiovisual que reflete e problematiza o que está por trás da brincadeira. Aline foi uma das imersas no festival AfroT e atualmente desenvolve projetos a partir de sua pesquisa em ancestralidade afro-brasileira.
16h40 – Outras narrativas: a literatura como plataforma para compartilhar outros modelos de pensamento e aproximar mundos, por Graça Graúna.
Mulher do povo potiguara, escritora de livros infantis e narrativas com base na cosmogonia indígena e PHD em letras pela UFPE, Graúna é atualmente uma das principais referências em pensamento e criatividade indígena no Brasil e América Latina. Em sua fala, vai compartilhar o seu processo de escrita e registro, como algumas de suas recentes obras literárias.
17h30 – Aprender com um Mestre: ouvir e amplificar novas vozes, por Carlão do Peruche. Sabedor da tecnologia do jongo, fazedor de samba de Pirapora. Homem negro que canta e leva o samba pelas ruas desta sua grande cidade que é São Paulo. Foi com seu pai e seus mais velhos que ele aprendeu que o canto e a cuíca são poderosas ferramentas para amplificar a voz do seu povo: da zona rural à velha guarda do Peruche.
18h – Aprender com um Mestre: a filosofia da natureza, por Pedro Luiz Macena. Indígena guarany desses que andaram pelo sul, com histórias de antepassados por lá, Pedro Luiz Macena é mestre de sua cultura – é ele quem ensina saberes e fazeres ancestrais para as crianças na aldeia do Jaraguá, no município de São Paulo. Educador cultural e também espiritual, seus guias são a natureza e a simplicidade.
18h30 – Aprender com uma Mestra: o potencial da ancestralidade, por Nega Duda. Mulher, negra, nascida no dia 13 de maio, no Recôncavo Baiano. Foi depois – e por causa – de algumas rodas e muita labuta que ela veio para São Paulo: para contar, na voz e no corpo, a história dos seus; para difundir, no samba de roda, a cultura de seus antepassados. A música é seu fazer, a oralidade é seu saber.
19h – Aprender com uma Mestra: o trânsito e a resistência, por Graça Menezes. A mais velha da família Menezes em São Paulo, Graça faz e toca caixa, faz Festa do Divino, ensina aos mais novos como tecer comunidade. Do Maranhão para cá, ela e sua família trouxeram fé, história e tempero: entre vários de seus fazeres, o conhecimento do que é fazer comida maranhense.

20h – Tambores femininos: a ancestralidade como potência para o despertar, Roda com Mbeji. Por Ariane Molina e Mbeji.
Coletivo intercultural de mulheres pesquisadoras de música e dança de origem afroameríndia e afrolatina que buscam a reconexão com a ancestralidade por meio de diálogos rítmicos.
20h30 – O som e a memória: a oralidade como plataforma para contar outras nossas histórias, apresentação musical de Zé Manoel. Do São Francisco pernambucano, Zé Manoel resgata de sua infância e origem boa parte das letras que compõe. Das cantigas de lavadeiras e cantos ditos populares dos ribeirinhos, surge a inspiração para suas canções que o colocam hoje como uma das principais revelações da música brasileira.

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Sobre Os Brasis em SP – Os Brasis em São Paulo é um festival para revelar mestres da cultura brasileira que vivem em São Paulo. Na programação, oficinas de pesquisa e narrativa para selecionados e também palestras e exposições abertas para o público. Criado pela pesquisadora Mayra Fonseca e pelo fotógrafo Rafael Stédille, o festival é realizado pelo Projeto Brasis (www.brasis.vc): uma central de conteúdos e rede de projetos que existe para estimular o autoconhecimento do Brasil de forma propositiva, uma iniciativa para destacar o potencial transformador de outras nossas histórias.
Saiba mais: brasis.vc/osbrasisemsp
Sobre Red Bull Amaphiko – O Red Bull Amaphiko é uma plataforma colaborativa para empreendedores sociais que buscam transformar suas comunidades e as vidas das pessoas ao seu redor. O programa, que iniciou seu trabalho em 2014 com jovens brasileiros e sul-africanos, impulsiona e dá asas a projetos e ideias, oferecendo toda a consultoria necessária para que estes saiam do papel e transformem vidas.
Saiba mais: amaphiko.redbull.com
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No dia, será servido um cardápio especial na Cafeteria:
Pra Começar:
Coxinha de mandioquinha, carne seca e catupiry R$ 8
Coxinha de batata doce, queijo de cabra e espinafre R$ 8
Empadinha veggie R$ 6
Empadinha de frango R$ 6
Entradas:
Dadinho de tapioca com melaço e pimenta dedo de moça (6 unidades) R$ 12
Mix de verdes, tomate, cenoura, cebola roxa e molho de maracujá R$ 16
Creme de mandioquinha com iogurte de coco R$ 15
Pratos:
Moqueca de banana da terra, arroz e farofa (vegano) R$ 26
Hambúrguer veggie, abacate e verdes (vegano) R$ 20
Hambúrguer de fraldinha, cebola crocante e catchup de cachaça R$ 22
Baião de 2 com feijão verde, queijo coalho e tomate (vegetariano) R$ 24
Baião de 2 com feijão verde, queijo coalho, carne seca e tomate R$ 26
Galinhada com quiabo e pequi R$ 26
Sobremesas:
Pudim de leite R$ 10
Bolo de goiabada com catupiry R$ 10
Mousse de cacau R$ 12