Arte

Coletivo Abebé aborda a construção da identidade afroindígena em série de eventos gratuitos

09fev

por Red Bull Station

“Nós somos curandeiros que curam através da arte e da cultura”. É assim que Charles Borges, diretor criativo do Abebé, tenta definir toda pluralidade do coletivo cultural que nasceu em maio de 2017 no Grajaú e que ocupa um dos ateliês do Red Bull Station durante o mês de fevereiro. “Começamos em três pessoas e hoje já somos nove, todos com a tarefa comum de proporcionar um local onde as pessoas possam ter acesso à cultura popular brasileira.”

Com esse objetivo, o coletivo criou três frentes: a Plataforma Cultural coletivoabebe.com, a startup em fase de desenvolvimento coartwork.abebe.com e, mais recentemente, o Índigo Lab, laboratório criativo itinerante destinado à oficinas de criação, debates, rodas de conversas e experimentações sociais. Abordando temas como arte, história, fotografia, afroempreendedorismo, identidade, negócios sociais e economia criativa, o Índigo Lab é mais uma ferramenta criada pelo Abebé para ajudar na construção de uma rede de conexões significativa. “É uma maneira da gente, por meio de encontros presenciais, usar do autoconhecimento e da nossa ancestralidade afroindígena para tratar assuntos como racismo e diversidade”, explica Charles.

Identidade visual do Índigo Lab
Identidade visual do Índigo Lab. Crédito: Coletivo Abebé.

Mais do que incluir as populações negra e indígena nos locais dos quais elas muitas vezes são privadas, o Coletivo Abebé enxerga na arte e na cultura uma forma de tornar a sociedade mais justa e inclusiva. “Tem gente que acha que arte e cultura não transformam”, fala Sara Sousa, produtora executiva do grupo. “É uma coisa pouco valorizada, mas tudo isso tem um poder muito grande de acesso que toca todas as pessoas”. Por isso, o grupo acredita ser importante estar em cada vez mais lugares e, durante o mês de fevereiro, traz para o Station uma série de atividades focadas na construção de identidade afroindígena.

Tendo a ancestralidade como base, o coletivo abordará temas como beleza, moda e autoconhecimento. “Queremos valorizar a estética negra e permitir que as pessoas tenham representatividade e se percebam como negras, indígenas, enfim, como brasileiras”, diz Vitor Xavier, produtor audiovisual do coletivo. “O Coletivo Abebé surgiu para preencher essa falta de representatividade que o povo brasileiro, que é miscigenado, precisa”, acrescenta Charles. “Queremos mostrar que existe beleza fora do padrão estabelecido e que essa transformação vem de dentro para fora, e trocando com um número maior de pessoas a gente acaba descobrindo nossas próprias habilidades, e é esse o objetivo maior de nossas atividades”, completa Suelen Ingrid, responsável pelo marketing do grupo.

Serão realizados quatro encontros, com vagas limitadas. Para garantir sua presença, é preciso realizar cadastro na plataforma Red Bull Tickets nos links nas descrições dos eventos abaixo.

• 15/02: Oficina “Divas da Quebrada”
#s/888281618010995/

• 16/02: Oficina de Estética Afroindígena
#s/145011162832198/

• 21/02: Bate-Papo sobre Autoconhecimento e Ancestralidade
#s/188366141750656/

• 23/02: Bate-Papo sobre Saúde Mental na Periferia
#s/979679128852981/

Economia Criativa ⚡️ #ÍndigoLAB #ocupa #afroindígena

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