Saiba quais músicos e VJs participarão do Improfest 2017

Em sua quarta edição, o Improfest, criado em 2007 na Unicamp pelo compositor Marco Scarassatti junto ao diretor de arte Paulo Hartmann, ocupa o Red Bull Station com o objetivo de difundir a produção ligada à criação livre e instantânea, individual ou coletiva. A proposta é reunir, em jams e apresentações, VJs e músicos nacionais e internacionais que atuam nessa vertente, além de promover um concerto e palestra com um dos principais compositores e improvisadores da atualidade, Otomo Yoshihide. Nesta terça-feira (21), os organizadores divulgaram a lista dos músicos e VJs selecionados para o Improfest AV, que promoverá esses encontros orgânicos (veja abaixo).

“É como se fosse possível construir o avião em pleno voo, ou seja, a geração de música em tempo real, sem pré-acordos ou convenções, mas respeitando e dialogando com os envolvidos numa sessão de improvisação livre”, comenta Paulo, sobre o que considera ser mais belo nessa arte. “É o grande desafio, e este ‘risco’ sempre me pareceu bastante sedutor.”

Tendo sua primeira realização por aqui, os organizadores não negam as dificuldades de trabalhar com projetos de natureza experimental no que se refere ao apoio financeiro e estrutural, mas celebram a parceria deste ano. “A Red Bull tem atuado em vários territórios de criação, agindo genuinamente de maneira transdisciplinar, o que para mim é definitivamente um atrativo. E um ambiente onde os silos são vasos comunicantes facilita o entendimento da própria proposta do festival”, afirma Paulo.

Entre os orgulhos da programação está a presença de Yoshihide. Há anos tentando negociar a vinda do artista, os organizadores conseguiram aproveitar a turnê sul-americana que fazia parte do cronograma dele com a realização do evento na mesma época.

“Primeiro, pensamos em convidar alguns dos representantes brasileiros das várias vertentes da música improvisada livre para estabelecer um grande encontro”, diz Marco. “Porém, como o projeto precisou ser enxugado, optamos por convidar aquele que é a maior referência brasileira em se tratando dessa música feita no instante, o Antônio Panda Gianfratti, que tem uma história dentro da música experimental e improvisada brasileira.”

Aqui você pode encontrar a programação completa dos três dias de evento.

Músicos confirmados:
1. Rodrigo Dario
2. Miguel Barella
3. Alexandre Marino Fernandez
4. Tiago Marques
5. Loop B
6. Andre Damião
7. Edbrass Brasil
8. Marc Vilanova
9. Valmir Knop Junior
10. Tiago Costa
11. Rodrigo Gobet
12. Paula Campos Carvalho
13. Jorge Peña
14. Daniel Carrera

VJs confirmados:
1. Robs Brz
2. Ligia de Aguiar Alonso
3. João Paulo Accacio
4. Alberto Zanella
6. Heloísa Duran
7. Evely Bengio

Lambes na Laje: veja a lista de artistas selecionados

No dia 2 de dezembro, o Red Bull Station recebe a sétima edição do Lambes na Laje, evento que tem como principal objetivo explorar o formato lambe-lambe — tipo de cartaz utilizado para transmitir avisos públicos ou propagandas que, nos últimos anos, consagrou-se como um meio de intervenção urbana e artística.

O evento tem curadoria de Nancy Betts e realização da Mova Produtora e conta mais de 70 artistas vendendo e expondo suas criações por todo o prédio, com preços a partir de R$ 25. Veja abaixo a lista de selecionados:

Alexandra Ungern
Avesso
Azeite De Leos
Bando Capivara
Bia Ferrer
Bruno Novaes
Caio Borges
Caio Zanuto e Fernanda Toscano
Camila Martins
Cartemas do Recife
Celestino Neto
CHRUA
Coletivo 334
Conspire Edições
Daniel Marcolan
Daniel Orellana
Denise Calasan
Dib Art
Divisa Impressos
Dmtr.org
DST
Editora Gris
Élcio Miazaki
Emilio Dossi
ephemer0
Escape Zines
Estúdio Carimbo
Estúdio Elástico
Estúdio Tropical + Riso Tropical
Fernando Marar
Flavia Junqueira
Folia dos Reis
Gabez
Gráfica Fábrica
Haana Lucatelli
hotchickselfie
Isadora Stevani
Ivna Lundgren
Jaqueline Phelipini
Julia Saldanha
Lambe da Sereia
Lambes do Mal
Lari Arantes
Laura Andreato
Laura Lydia
Leandra Espirito Santo
Leonardo Mathias
Liquido Preto
Luiz83
Maisumzeh
Major
Maria Rosa
Marilia Navickaite
Micael Bergamaschi
Milena Edelstein
Milton Tortella
Moara Brasil
Move Institute
Murucutu
MZK
Natali Tubenchlak
Nobru
Onesto
Passuapé
Patricia Cividanes
Paulestinos
Paulo Paiva
Paulo Pereira
Ponceanico
Praga Urbana
Raisa Benito
Rod
Rodrigo Motta
Skap
Telma Melo
Ultraja
Visca
Vitor Mizael
Vj Suave
Xoxu Port
Zansky

Conheça os artistas que participam da 14ª Residência Artística

Em 2017, foram selecionados artistas para a 13ª e 14ª turmas da Residência Artística do Red Bull Station. A segunda leva de criativos se encontra desde o dia 26 de setembro em ação no espaço, permanecendo até o dia 28 de outubro de 2017.

Durante o período de residência, os participantes têm à sua disposição um espaço individual, além de dois ateliês colaborativos, um digital e outro analógico. Os residentes serão acompanhados pelo curador Fernando Velázquez e terão ainda um encontro individual com um curador convidado pela equipe do Red Bull Station, no programa de Studio Visit.

Carolina Marostica

Obra de Carolina Marostica
Obra de Carolina Marostica
Obra de Carolina Marostica
Obra de Carolina Marostica
Obra de Carolina Marostica
Obra de Carolina Marostica
Obra de Carolina Marostica
Obra de Carolina Marostica
Obra de Carolina Marostica
Obra de Carolina Marostica

De Porto Alegre, Carolina Marostica é bacharel em Artes Visuais pela UFRGS e mestre em pintura pela Universidade de Lisboa. Sua pesquisa nasce na pintura e busca formas de invadir o espaço físico.  Durante a Residência Artística, o trabalho de Carolina se dá na transfiguração de materiais com forte apelo tátil — como espuma e plástico –, explorando a tensão entre natural e artificial.

Denise Alves-Rodrigues

Obra de Denise Alves Rodrigues
Obra de Denise Alves-Rodrigues
Obra de Denise Alves Rodrigues
Obra de Denise Alves-Rodrigues
Obra de Denise Alves Rodrigues
Obra de Denise Alves-Rodrigues
Obra de Denise Alves Rodrigues
Obra de Denise Alves-Rodrigues
Obra de Denise Alves Rodrigues
Obra de Denise Alves-Rodrigues

Denise Alves-Rodrigues vive e trabalha em São Paulo. É tecnóloga autodidata, artista plástica e astrônoma amadora. Iniciou seus estudos de Artes em Ribeirão Preto – SP e é bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo – 2012.  Seu campo de pesquisa se apoia na invenção e montagem de aparatos eletrônicos (ou não).

Kátia Fiera

Obra de Kátia Fiera
Obra de Kátia Fiera
Obra de Kátia Fiera
Obra de Kátia Fiera
Obra de Kátia Fiera
Obra de Kátia Fiera
Obra de Kátia Fiera
Obra de Kátia Fiera
Obra de Kátia Fiera
Obra de Kátia Fiera

Kátia Fiera é mestra em Poéticas Visuais pela Universidade de São Paulo – USP. Seu trabalho — com foco na produção de desenhos e livros de artista — tem sido apresentado em inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, além de fazer parte dos acervos da The New York Public Library, Museu de Arte de Brasileira da FAAP, Centro Cultural São Paulo e Museu de Arte de Ribeirão Preto. Durante a Residência Artística, Katia tem desenvolvido pesquisas e estudos relacionados à arquitetura do centro da cidade de São Paulo, com os seus prédios e trabalhadores.

Rafael Bqueer

Obra de Rafael Bqueer
Obra de Rafael Bqueer
Obra de Rafael Bqueer
Obra de Rafael Bqueer
Obra de Rafael Bqueer
Obra de Rafael Bqueer
Obra de Rafael Bqueer
Obra de Rafael Bqueer

Carnavalesco, Figurinista, Drag Queen e Bacharel, Rafael Bqueer vive e trabalha no Rio de Janeiro. Ele é graduado em Artes Visuais pela UFPA e foi bolsista pelo banco Programa de Intercâmbio Santander- Escola de Belas Artes/ UFRJ. Seus trabalhos englobam performance, vídeo, fotografia e instalação a partir de vivências e pesquisas sobre o histórico colonial e a questão sociocultural do negro no Brasil, além de produzir trabalhos em torno da sua militância LGBT e o estudo político sobre gênero e sexualidade na arte contemporânea.

Rafa Munárriz

Obra de Rafael Munárriz
Obra de Rafael Munárriz
Obra de Rafael Munárriz
Obra de Rafael Munárriz
Obra de Rafael Munárriz
Obra de Rafael Munárriz
Obra de Rafael Munárriz
Obra de Rafael Munárriz
Obra de Rafael Munárriz
Obra de Rafael Munárriz

Rafa Munárriz vive entre Madri e São Paulo. Formado pela Universidade Complutense de Madrid, o artista também passou pelas universidades ABK de Stuttgart, SAIC de Chicago e USP.  Por meio de esculturas, instalações e vídeos, sua pesquisa é focada nos conceitos de trânsito e bloqueio nos grandes centros urbanos.

Renato Atuati

Obra de Renato Atuati
Obra de Renato Atuati
Obra de Renato Atuati
Obra de Renato Atuati
Obra de Renato Atuati
Obra de Renato Atuati
Obra de Renato Atuati
Obra de Renato Atuati
Obra de Renato Atuati
Obra de Renato Atuati

Paulistano, Renato Atuati sempre se interessou por intervenções no espaço público. Desde o início de suacarreira, tem desenvolvido vídeo-performances, que expõe em festivais de cinema e vídeo-arte. Atualmente, o artista investiga contextos de território e a relação entre espaço público e privado nas grandes cidades, por vezes com ênfase nos processos de gentrificação que podem ser observados ali.

 

 

 

 

 

 

 

Galeria de realidade virtual Red Bull Doodle Art chega ao Brasil

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Durante os dias 27 e 28 de outubro, o Red Bull Station recebe uma galeria de realidade virtual inédita no Brasil, onde o público, por meio dos óculos HTC Vive (um dos mais modernos e confortáveis óculos de VR do mercado), poderá fazer uma imersão em uma cidade 3D, com cadernos tridimensionais com as obras dos vencedores do Red Bull Doodle Art, competição universitária global de desenhos e rabiscos cuja final deste ano ocorreu na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. Dentro dessa cidade, o visitante poderá entrar nas galerias onde estão exibidos os trabalhos de artistas de 37 países diferentes.

O evento é gratuito e fica aberto para visitação durante os dias 27 e 28 de outubro, das 11h às 20h. Não perca! 

Evento debate os rumos da fotografia e mostra cobertura em zonas de conflito

No sábado, dia 21 de outubro, acontece no Red Bull Station a apresentação da Foto_Invasão 2018, projeto que exibirá trabalhos diversos selecionados por meio de inscrições gratuitas e acontecerá em maio de 2018.

Instalação do coletivo R.U.A. exibida na Foto Invasão em 2016
Instalação do coletivo R.U.A. exibida na Foto Invasão em 2016

O evento, que reúne amantes da fotografia, vai contar com um debate sobre os rumos da fotografia na era digital com a premiada fotógrafa e professora Simonetta Persischetti e exibirá projeções alguns registros de “Fotógrafos em Campo – A Batalha Por Mosul”, trabalho de Cristina Veit que mostra bastidores da fotografia de guerra retirados de suas experiências no Iraque, em 2016.

Durante a apresentação da Foto_Invasão 2018, os curadores do projeto abrirão as inscrições para o edital, voltado a qualquer pessoa que tenha trabalhos na área e gostaria de vê-los expostos. Em seguida, às 17h30, acontece o papo com Simonetta Persischetti media um debate ao lado de alguns mentores da Foto_Invasão: Clelia Bailly, Ignacio Aronovich e Cristina Veit, Cristina Veit, além de Mel Coelho, do coletivo Mamanas.

“Nunca se fotografou tanto e também nunca se falou tanto sobre fotografia e sobre a veracidade e autoria dos registros como atualmente. Num mundo em que mais de 350 milhões de fotos são postadas diariamente só no Facebook, nossa intenção é levantar discussões importantes sobre esses assuntos”, conta Ignacio Aronovich, organizador do evento e um dos curadores.

Saiba como participar dos editais:

Festival Sonora e o fortalecimento da mulher na música

Buscando ressaltar o lugar da mulher na música não só no posto de intérprete, como também na criação, produção e na composição, começa nesta sexta-feira (29) o Festival Sonoracom evento de abertura aqui no Red Bull Station. Por trás desta história iniciada em 2016, existem 23 almas femininas atuantes, divididas nas áreas de produção executiva, curadoria e produção artística, mídias sociais, identidade visual, assessoria de imprensa e audiovisual. Entre elas, figuram a produtora Roberta Youssef e Larissa Nalini, a idealizadora do projeto

“É muito bizarro que em 2017 ainda tenhamos que unir forças para levantar bandeiras das minorias em geral. Nós temos que juntar todas as forças para conseguirmos ter voz suficiente para alcançar os ouvidos de quem segue com pensamento enraizado de que o lugar da mulher na música é somente o de ‘diva’”, comenta Larissa. “O lugar da mulher é onde ela quiser.”

Em pouco tempo, a equipe já conseguiu garantir considerável expansão: em 2016, o Sonora aconteceu em 21 cidades de 6 países e, neste ano, 69 cidades de 15 pontos do mundo hospedarão o evento. “É muito emocionante estar em uma reunião de produção, olhar para o lado e ter um monte de mina incrível vibrando tanto quanto você para que esse festival chegue o mais longe possível”, comenta. “É tempo de mudança. Internamente já nos agitamos desde que nascemos aqui nesse mundo, agora é a vez de ir para fora, e já é urgente.”

Programação feminista 
Em São Paulo, elas perceberam a necessidade de ampliar a discussão e abrir a pauta para que festival trouxesse informação com debates, vivências e oficinas. “É onde tudo acontece no mercado fonográfico, tínhamos que falar das outras áreas, da parte técnica, de produção musical, de assessoria, enfim, todos os lugares onde sentimos que falta a presença da mulher”, explica. Na programação, figuram discussões como “Mercado da música para mulheres instrumentistas”, “Onde estão as produtoras musicais?” e “Música além do gênero/Gênero além do tempo”, que acontecerão no Centro Cultural São Paulo.

Por aqui, por exemplo, teremos o “Minas no Estúdio”, uma oficina de produção musical comandada por Alejandra Luciani, que é assistente de engenharia de som no Red Bull Studio São Paulo. O intuito é o de mostrar às participantes selecionadas o processo de gravação de uma banda dentro de um estúdio, discutindo os fundamentos de captação de áudio e microfonação. Na ocasião, a engenheira vai registrar as canções dos paulistanos Meia Noite em Marte.

“Todas as mulheres envolvidas toparam por estarem alinhadas com o nosso discurso e quererem somar à causa”, afirma Larissa. Além das artistas convidadas, como Karina Buhr, Badi Assad, Liniker, Alzira E e Alice Ruiz, foi aberto também um edital para compositoras e, de 150 inscritas, o time de produção selecionou 12 mulheres de diferentes sonoridades que irão se apresentar durante o festival. Veja a programação completa.

Meia Noite em Marte participa do workshop “Minas em Estúdio”

O Meia Noite em Marte é uma banda composta por Marcella Carmo, Nath Calan, Theodora Charbel e Ricardo Kudla. Seu som é bem dançante e flerta com a música pop, synthpop e discopunk com influências de Talking Heads, Tom Tom Club e Gang 90.

Banda Meia Noite em Marte
Banda Meia Noite em Marte

Ouça abaixo “Punk Latifa”, single de estreia que fala sobre o amor nos tempos modernos.

O quarteto irá participar do workshop “Minas em Estúdio”, comandado por Alejandra Luciani, assistente de engenharia de som no Red Bull Studio São Paulo. O evento acontece dentro da programação do Festival Sonora, no Red Bull Station, no dia 30 de setembro.

A ideia dessa oficina é mostrar o processo de gravação de uma banda discutindo os fundamentos de captação de áudio e microfonação. A música gravada será “Lunar” e contará com a participação especial de Luna França, compositora, cantora e tecladista. O faixa vai integrar o primeiro disco do Meia Noite em Marte, que tem lançamento previsto para 2018.

 

Hackers e artistas trocam conhecimentos durante residências

Por Patrícia Colombo

Quem visita o Red Bull Station durante este período do ano cruza com turmas aparentemente distintas que ali estão trabalhando seus projetos: são eles os desenvolvedores que participam da Residência Hacker e os selecionados do primeiro grupo de 2017 da Residência Artística. Acontece que, embora um grupo tenha foco mais direcionado na aplicação funcional de seus conceitos enquanto outro transita mais pelo campo abstrato das ideias, a integração se vê possível no decorrer dos dias com o escambo de conhecimento em prol do avanço dos trabalhos pessoais.

A artista Flora Leite, por exemplo, contou com o auxílio de alguns dos integrantes do Red Bull Basement quando um de seus projetos, “Lesma”, esbarrou na eletrônica. “Como eu precisava de um sistema para que a peça se movimentasse, o pessoal me ajudou muito. No final, a troca acabou sendo bastante divertida já que a parte eletrônica do projeto foi mesmo construída a partir do conhecimento deles, e aprendi muito”, comenta.

Camille Laurent e Stefanie Egedy integram a 13ª turma da Residência Artística // Crédito: Lost Art/Red Bull Content Pool
Camille Laurent e Stefanie Egedy integram a 13ª turma da Residência Artística // Crédito: Lost Art/Red Bull Content Pool

O caso do coletivo formado pela designer de luz Camille Laurent e pela designer de som Stefanie Egedy é ainda mais específico. Juntas, elas investigam a suspensão, ainda que momentânea, do controle físico e mental por meio da espacialização da luz e do som. Com esse intuito, criam instalações e performances que exploram o uso de movimentos sonoros e luminosos. Assim, usando a tecnologia como ferramenta dentro da arte, elas contam que, antes de entrar na Residência Artística, reforçaram o interesse em fazer parte da primeira turma de selecionados justamente porque a permanência no local coincidiria com a da turma da Residência Hacker.

“Foi primordial porque trabalhamos com tecnologia, mas não somos da área técnica embora tenhamos uma base de conhecimento”, comenta Camille. “Desde o primeiro dia explicamos nossas problemáticas e eles nos ajudaram demais. E foi tudo bem natural, criamos uma relação de trabalho e de amizade.” Stefanie complementa: “A gente realmente queria muito estar com eles porque de fato várias dúvidas pontuais surgiriam e esse acesso ao conhecimento seria muito mais fácil. E ver também a forma como eles trabalham me impactou bastante. Notar um metal que uso para fazer som sendo utilizado por eles para fazer um motor, por exemplo… Ter essa noção de que as ferramentas muitas vezes são iguais”.

A recíproca é verdadeira
“A gente ajuda com o conhecimento técnico mais tecnológico, mas a turma da Residência Artística também nos auxiliou muito em outros aspectos, como conhecimentos sobre materiais como resina e fibra de vidro”, conta Alisson Claudino. Junto ao amigo Cristthian Marafigo, ele trabalha na elaboração do Micro Aerogerador, um sistema eletromecânico, cuja energia cinética do vento, ao atravessar a hélice de uma turbina eólica, é transformada em energia mecânica no eixo do rotor, que por sua vez é transformada em energia elétrica. Esta energia pode ser utilizada imediatamente ou armazenada em baterias.

Marina de Freitas, que divide o projeto Tecnologia Cidadã por Meio de Estações Metereológicas Modulares com Leonardo Sehn e Jan Luc Tavares, também pontua a importância da troca entre áreas. “Uma das dificuldades que estávamos tendo era a de construir uma estrutura de sustentação que fosse acessível e com materiais que estivessem ao alcance. E a Flora foi uma pessoa que nos ajudou muito com esse lado da pesquisa, indicando, inclusive, boas lojas para encontrar esses itens, que vendiam desde parafusos a máquinas”, diz. “Certamente demoraríamos mais no desenvolvimento do projeto não fosse a ajuda dela nos explicando alguns conceitos de materiais.”

“Estar com tantas pessoas que pensam diferente da gente é interessante para dar a chance que as coisas aconteçam até de uma forma que não esperaríamos”, reflete Marina, destacando que ainda a existência de perfis distintos mesmo dentro de sua própria área. “Por ser uma residência que desenvolve projetos de código aberto, acredito que o Basement atrai tipos diferentes de desenvolvedores de tecnologia porque lidamos com algumas questões mais lúdicas em determinados momentos. Aqui dentro, por exemplo, temos uma grande diversidade considerando que a Meyrele [Nascimento] é do design, o Saulo [Jacques] é da biologia e o Rainer [Grasmann] é da arquitetura.”

Turma da Residência Red Bull Basement de 2017 //Crédito: Felipe Gabriel/Red Bull Content Pool
Turma da Residência Red Bull Basement de 2017 // Crédito: Felipe Gabriel/Red Bull Content Pool

 

Festival Red Bull Basement: palestras terão transmissão ao vivo

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Três das palestras que rolarão durante o Festival Red Bull Basement serão transmitidas ao vivo diretamente do Red Bull Station. O evento acontece neste sábado (2), das 11h às 20h, abordando o tema Tecnologia e Sociedade, com exposição, conversas e oficinas.

“Vivendo Dentro da Máquina: Como Sobreviver à Datacracia do Futuro”, “Litro de Luz: Iluminando o Mundo, uma Garrafa de Cada Vez” e “O Futuro das Manufaturas Distribuídas” poderão ser vistas por meio da página oficial do Red Bull Station no Facebook.

Veja abaixo os detalhes e os horários de cada uma das conversas. Para acessar a programação completa do evento, clique aqui:

11h30 às 12h40 – “Vivendo Dentro da Máquina: Como Sobreviver à Datacracia do Futuro”
Com Luli Fadherer, professor-doutor de Comunicação Digital da ECA da USP e consultor para projetos de inovação digital.
Datacracia é o regime político cada vez mais baseado em dados, sensores e analytics, que muitas vezes causa problemas e miopias geopolíticas. Um exemplo é a operação do metrô de Londres estar nas mãos da Microsoft, que usa os dados obtidos para fins comerciais. A palestra vai abordar os riscos da manipulação de dados e o que isso significa.

14h às 15h10 – “Litro de Luz: Iluminando o Mundo, uma Garrafa de Cada Vez”
Com Laís Higashi, presidente da ONG Um Litro de Luz, que leva energia elétrica a comunidades que vivem sem luz.
Ela vai contar como o movimento, que já alcança mais de 20 países, utiliza garrafas PET e energia solar para iluminar as casas de comunidades de todo o mundo.

15h35 às 16h45 – “O Futuro das Manufaturas Distribuídas”
Com Jorge Lopes, doutor pela Faculdade de Engenharia Química da Unicamp.
O panorama atual e perspectivas futuras dos sistemas de manufatura aditiva e escaneamento 3D, que transformam a prática de designers, engenheiros e artistas, é tema da palestra de Jorge Lopes. A democratização e disseminação dos meios tecnológicos através de sistemas abertos, bem como as novas tecnologias que impactam a qualidade de vida e a longevidade, também serão abordadas.

 

Festival Red Bull Basement: programação completa

Festival Red Bull Basement
Festival Red Bull Basement retorna em sua terceira edição focado em Tecnologia e Sociedade, depois de explorar o tema “Reprogramar a Cidade” na edição de 2016. No sábado, dia 2 de setembro, o Red Bull Station promove o evento das 11h às 20h, com uma série de palestras e oficinas, além de uma exposição que aborda como projetos inovadores podem solucionar diversas questões sociais.

O modo como a tecnologia é capaz de ajudar no desenvolvimento democrático e maior participação popular, as ferramentas usadas para essa descentralização e os exemplos inovadores de cidadãos que tomam parte na gestão de assuntos de interesse público são os tópicos nortearão a edição de 2017.

Um dos destaques entre os palestrantes é Luli Fadherer, professor-doutor de Comunicação Digital da ECA da USP e consultor de projetos de inovação digital. Ele vai falar a respeito da datacracia, o regime político cada vez mais baseado em dados, sensores e analytics, que usa informações pessoais para fins comerciais.

Aprender a usar o Arduino para criar um sistema de irrigação automatizada de hortas urbanas e construir um mobiliário urbano coletivamente estão entre as oficinas que serão oferecidas gratuitamente. Mais uma vez, haverá o Café Reparo, ponto de encontro de quem deseja consertar equipamentos ou dar novos usos a eles. A ideia é também interromper o ciclo de descarte.

Na programação também está prevista a apresentação dos projetos dos participantes da terceira edição da Residência Hacker. Durante dois meses os residentes selecionados ganham auxílio para desenvolverem seus projetos cujo objetivo final é resolver questões urbanas e deixar um legado para a sociedade.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

• PALESTRAS
11h30 às 12h40 – “Vivendo Dentro da Máquina: Como Sobreviver à Datacracia do Futuro”
Com Luli Fadherer, professor-doutor de Comunicação Digital da ECA da USP e consultor para projetos de inovação digital.
Datacracia é o regime político cada vez mais baseado em dados, sensores e analytics, que muitas vezes causa problemas e miopias geopolíticas. Um exemplo é a operação do metrô de Londres estar nas mãos da Microsoft, que usa os dados obtidos para fins comerciais. A palestra vai abordar os riscos da manipulação de dados e o que isso significa.
Entrada gratuita.
Inscrições pelo link: https://tickets.redbull.com/landingpage/372

14h às 15h10 – “Litro de Luz: Iluminando o Mundo, uma Garrafa de Cada Vez”
Com Laís Higashi, presidente da ONG Um Litro de Luz, que leva energia elétrica a comunidades que vivem sem luz.
Ela vai contar como o movimento, que já alcança mais de 20 países, utiliza garrafas PET e energia solar para iluminar as casas de comunidades de todo o mundo.
Entrada gratuita.
Inscrições pelo link: https://tickets.redbull.com/landingpage/373

15h35 às 16h45 – “O Futuro das Manufaturas Distribuídas”
Com Jorge Lopes, doutor pela Faculdade de Engenharia Química da Unicamp.
O panorama atual e perspectivas futuras dos sistemas de manufatura aditiva e escaneamento 3D, que transformam a prática de designers, engenheiros e artistas, é tema da palestra de Jorge Lopes. A democratização e disseminação dos meios tecnológicos através de sistemas abertos, bem como as novas tecnologias que impactam a qualidade de vida e a longevidade, também serão abordadas.
Entrada gratuita.
Inscrições pelo link: https://tickets.redbull.com/landingpage/374

17h às 18h10 – “Empreendedorismo, Hardware e Impacto Social”
Com Anielle Guedes, fundadora e CEO da Urban3D.
Empreender em hardware no Brasil não é das tarefas mais fáceis. Anielle vai falar sobre esse processo, tendo como pano de fundo a história da Urban3D, uma startup que busca atingir o estado da arte na construção civil. Os benefícios e as dificuldades de se trabalhar na área também serão abordados.
Entrada gratuita.
Inscrições pelo link: https://tickets.redbull.com/landingpage/386

18h25 às 20h – Apresentação dos Projetos Residentes da 3ª Residência Hacker.
Entrada gratuita.
Inscrições pelo link: https://tickets.redbull.com/landingpage/376
Lotação: 100 pessoas
Local: Auditório

• OFICINAS
Synth Intro: Atari Punk Console
A portabilidade das novas tecnologias tem também modificado a forma como utilizamos o espaço público para o lazer. Atualmente, podemos criar equipamentos portáteis que promovem novas formas de fazer música e ocupar novos espaços na cidade. A ideia desta oficina é montar um oscilador/sintetizador Atari Punk Console com sensor de luz para modular a frequência gerada. Esse circuito serve como porta de entrada para o mundo dos sintetizadores analógicos. É hackeável e versátil.
Vagas: 15
Carga horária: 11h às 13h.
Facilitação: Mauricio Jabur.
Local: Ateliê Analógico.
Entrada gratuita
Inscrições pelo link: https://tickets.redbull.com/landingpage/377

Uso de Arduino para Irrigação Automatizada de Hortas Urbanas
Esta oficina visa potencializar a emancipação das pessoas através automatização da irrigação de hortas urbanas. O objetivo é montar e projetar o próprio sistema de controle e monitoramento da irrigação utilizando a plataforma Arduino. Além de hortas urbanas, esse sistema pode ser usado em iniciativas de agricultura urbana de médio porte. O caráter acessível e adaptável da plataforma Arduino permite que o sistema possa ser adaptado às necessidades específicas de cada usuário, ou seja integrado a outras técnicas, como a captação da água de chuva e o monitoramento climático local.
Vagas: 15
Carga horária: 11h às 17h.
Facilitação: Saulo Jacques e Marina Freitas.
Local: MakerSpace.
Entrada gratuita
Inscrições pelo link: https://tickets.redbull.com/landingpage/378
*Obs.: os participantes precisam trazer seu notebook.

Workshop de Design Paramétrico
Neste workshop os participantes conhecerão o processo de parametrização, criação e produção de mobiliário para corte em CNC Router. Também farão a montagem de um banco que ficará exposto no prédio. O workshop será ministrado pelo Studio dLux.
Vagas: 15
Carga horária: 14h às 15h30.
Facilitação: Studio dLux
Local: Galeria Principal
Grátis.
Inscrições pelo link: https://tickets.redbull.com/landingpage/380

Café Reparo
Projeto de difusão da cultura hacker, que tem como objetivo estimular a curiosidade para descobrir como as coisas funcionam. Com o objetivo de interromper o ciclo do descarte e retomar ou dar novos usos a equipamentos existentes, o Café Reparo vai ser ponto de encontro de pessoas, coletivos e utilizadores de computadores, mobiliário e equipamentos elétricos e eletrônicos, interessados em reparar seus objetos e equipamentos e também aprender a fazer pequenos reparos, aumentando a vida útil de objetos considerados descartáveis.
Horário: 11h às 20h.
Local: Galeria Principal.
*Obs.: Não é necessário inscrição. É só trazer seu objeto para conserto!

• OFICINAS – PRÉ-FESTIVAL
Workshop e Execução de Fabricação Digital para Mobiliário Urbano*
Workshop de fabricação digital para mobiliário urbano, que será produzido pelo maker Forest CNC. Serão três encontros, onde os participantes terão um introdução a novas tecnologias de corte, aprenderão a desenhar o mobiliário e os construirão no terceiro encontro. Com Studio dLux.
Vagas: 15
Horário: 18h30 às 22h30.
Data: 28, 29 e 30/8
Local:
Galeria Principal
Entrada gratuita
Inscrições pelo link: https://tickets.redbull.com/landingpage/380
*Obs.: Os alunos precisam ter domínio em AutoCAD ou Corel e deverão trazer seus notebooks no segundo e terceiro dias.

Olhar do Toque: Construindo mapas Táteis para Pessoas com Deficiência Visual
Nesta oficina construiremos um mapa tátil em grupo. Serão abordados temas como a colaboração da cultura faça-você-mesmo no desenvolvimento desses projetos, conceitos da tecnologia assistiva e a construção de diversos mapas táteis, passando por método artesanais à impressão 3D e corte a laser. Durante o festival os mapas serão exibidos no Red Bull Station, onde serão mantidos como legado.
Data: 01/09
Vagas: 16
Carga horária: 14h às 18h.
Facilitação: Marcos Oliveira, fundador da plataforma MeViro.
Local: Ateliê Analógico.
Entrada gratuita
Inscrições pelo link: https://tickets.redbull.com/landingpage/371

A oficina será detalhada e dividida em três fases:

Fase 1: Apresentação e Conceitos
– Apresentação dos conceitos de Tecnologia Assistiva;
– Como o mundo maker e a cultura do faça-você-mesmo podem contribuir para construção de soluções para pessoas com deficiência;
– Relato de uma pessoa com deficiência visual sobre seus problemas com mobilidade;
– Apresentação de conceitos sobre mapas táteis;
– Apresentação de diferentes mapas táteis.

Fase 2: Mão na Massa
Para este momento, a ideia é que os participantes sejam divididos em grupos de 3 ou 4 pessoas. Cada grupo vai ser responsável pela construção de um mapa tátil. A sugestão é que sejam feitos quatro modelos de mapas táteis.

– Na primeira fase, serão feitos mapas que utilizam materiais de baixo custo (papelão e palitos de dente) e que podem ser feitos por qualquer pessoa;
– Na segunda fase, serão feitos mapas que utilizam os métodos atuais de prototipagem rápida, como impressão 3D e a cortadora a laser.

Fase 3: Apresentação/Entrega dos Mapas e Cadastro na plataforma MeViro
A ideia é fazer uma apresentação dos mapas e dificuldades sentidas na construção. A pessoa com deficiência visual que estiver participando vai poder testar o mapa e dar sua opinião sobre os modelos criados. Ao final da oficina, os projetos serão cadastrados na plataforma MeViro para que outras pessoas consigam replicá-los onde quer que estejam.

• EXPOSIÇÃO
Exposição dos protótipos desenvolvidos pelos residentes da 3ª Residência Hacker.
Local: Galeria Transitória
Projetos:
1) Micro Aerogerador;
2) Tecnologia Cidadã por meio de estações meteorológicas modulares;
3) Flux;
4) ClimoBike;
5) Horta vertical automatizada.