#RBMASP: Cafeteria prepara menu especial para o festival

O Red Bull Music Academy Festival São Paulo começa no próximo dia 2 e, para isso, nossa cafeteria, comandada pelo Coletivo PURA, também organizou um cardápio especial com opções de alimentos cujo preparo é mais rápido (no estilo “on-the-go”) para receber os visitantes aqui no Red Bull Station.

As comidinhas contarão, entre outras delícias, com “montaditos” de pernil e na versão vegana, além de um sanduíche de pão artesanal, costela melada, agrião e mostarda.

Na cartela de drinks, figuram como destaques o Pepino Smash (foto), preparado com rodelas de pepino, gin e Red Bull Lime, e o Tropical Gin, com gin, laranja e Red Bull Tropical.

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Veja abaixo o cardápio completo:

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#RBMASP: o que rolará no Red Bull Station

Exposição Racionais MC's
Neste início do mês de junho, do dia 2 ao dia 11, a programação do Red Bull Station estará inteiramente dedicada ao Red Bull Music Academy Festival São Paulo, evento que rola pela primeira vez no Brasil e que reunirá shows, palestras e exposições.

A maior parte das atrações acontecerão em diversos pontos da cidade, em um cronograma que você pode conferir por meio do site oficial do evento. No entanto, algumas delas ficarão concentradas aqui no Red Bull Station. Compilamos todas abaixo, veja só:

Racionais MC’s: Exposição 3 Décadas de História
Prestes a completar três décadas, o grupo paulistano de rap Racionais MC’s é tema de uma exposição inédita sobre sua carreira. Um pouco da história da vida profissional e pessoal do quarteto formado por Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay será recontada por meio de fotos, vídeos e clipes originais e inéditos. Além de exibir roupas e objetos dos integrantes, haverá elementos cenográficos usados nos shows e peças clássicas, como o primeiro mixer do KL Jay.

A exposição tem curadoria de Fernando Velázquez — curador e diretor artístico do Red Bull Station — e conta com a colaboração do repórter André Caramante, que acompanha a trajetória da banda; do fotógrafo Klaus Mitteldorf, responsável pelas fotografias de capa de vários álbuns do grupo; e da manager e ativista Eliane Dias.

Uma conversa com Grandmaster Raphael
Pioneiro do funk carioca traça uma linha do tempo do estilo, contando histórias e curiosidades desde o surgimento dos primeiros bailes no fim dos anos 1980 até a produção de funk atual. Quem conduz o papo é Silvio Essinger, jornalista carioca e pesquisador especializado na história do funk.

Sample Masterclass com KL Jay e Will
O DJ e produtor KL Jay, acompanhado de seu filho e também DJ Will, apresenta músicas originais que foram sampleadas e/ou utilizadas como inspiração para compor algumas das faixas de grande sucesso do Racionais MC’s, influente grupo de rap nacional.

Uma conversa com Racionais MC’s
Mano Brown, Ice Blue e Edi Rock falam sobre suas quase três décadas de carreira, passando pelo desenvolvimento da banda, momentos importantes de sua trajetória e como os discos lançados por eles se relacionam entre si. O jornalista André Caramante mediará o encontro.

Instalação Audiovisual “Kaos Etudes”, de Nate Boyce
Baseada em performance inédita do artista Nate Boyce com seu colaborador de longa data, o produtor Oneohtrix Point Never (Daniel Lopatin), a instalação apresenta a construção de um jogo hipotético, no qual um mundo 3D se funde com composições experimentais.

Livro reúne poemas dos vencedores de 2016 do Sófálá: Slam de Poesia

Livro de poemas com os vencedores do Sófálá 2016
Livro de poemas com os vencedores do Sófálá 2016

Neste sábado (20) rola mais uma edição do Sófálá: Slam de Poesias, com a participação do DJ Vitonez e o lançamento do livro e CD musicado “Muzimba – Na Humildade Sem Maldade”, do escritor Akins Kintê, que também fará um pocket show com seus poemas. Mas outro diferencial neste fim de semana será o lançamento do livro de poemas dos vencedores de 2016, cuja capa você vê na imagem acima. Com curadoria assinada por Emerson Alcalde, a edição ainda conta com poemas do próprio escritor.

Foram selecionados materiais de Mariana Felix, Deusa Poetisa, Nelson Maca, Edilson Borges, Felipe Nikito, Hugo Deigman, Robsoul Mensageiro, Daniel GRT, Cleyton Mendes, Tawane Theodoro, Gustavo Duende e Monique Amora. A lista ultrapassa o número de seis autores porque, no ano passado, dois participantes eram premiados em cada edição.

Para quem não sabe, o programa do Sófálá inclui o Slam de Poesias, cujos vencedores lançam seus poemas em um livro, e a Batalha de MC’s, na qual quem ganha garante a gravação de um disco no Red Bull Studios. Relembre abaixo os vencedores da Batalha de MC’s de 2016.

Luisa Puterman: busca sensorial na música e ocupação do espaço

Luisa Puterman apresenta o Sonora, no Red Bull Studios, nesta quinta-fira (11)
Luisa Puterman apresenta o Sonora, no Red Bull Station, nesta quinta-feira (11)

Transitando dos festivais de música eletrônica como o Dekmantel –que ganhou sua primeira edição nacional neste ano–, aos espaços culturais com instalações e projetos imersivos, a artista visual e produtora Luisa Puterman faz da música e da imagem grandes aliadas nas possibilidades de ampliação sensorial.

Dois projetos dela figuram como destaque na programação de abril e maio no Red Bull Station, o Moto Perpétuo, que fica na galeria principal até o dia 13 deste mês, e o Sonora, que acontece nesta quinta-feira (11). Com diversos pontos de luz alinhados, o primeiro propõe a reflexão sobre as dinâmicas da transformação urbana por meio de um ambiente cujo som tem por base o movimento e a quebra de materiais como vidro, pedra e areia –comumente associados às construções. O Sonora, por sua vez, consiste em vendar os olhos dos participantes e, com as paisagens sonoras construídas ao vivo por ela em colaboração com o artista Bruno Garibaldi, permitir que a liberdade criativa da imaginação individual aflore os sentidos e instigue o público.

No histórico educacional de Luisa, o estudo musical esteve presente como base durante a infância por estímulo da família. Mas quem observa as produções conceituais da artista hoje provavelmente não imagina que ela começou a se arriscar criativamente aos 15 anos por meio do Garage Band, o aplicativo da Apple. Formada em história da arte e, posteriormente, em engenharia de áudio, encaminhou-se para o experimentalismo de maneira bem natural. Especialmente porque explorar a expansão da força imaginativa por meio da arte é o que a alimenta.

Em entrevista, ela conta um pouco sobre seu processo criativo, a relação com música e acerca do surgimento dos projetos.

Você trabalha com música experimental eletrônica. Como chegou a esse direcionamento?
Sempre estudei música, dai fui estudar história da arte e depois engenharia de áudio. Nesse percurso fui reunindo um repertório amplo que mistura som, imagem e música que resulta um pouco nisso.

Seus projetos envolvem a ocupação do espaço. Como enxerga a composição?
Compor no espaço e no tempo são coisas bem diferentes, mas que se complementam de certa forma. No tempo, o raciocínio é mais musical, ligado a melodias, harmonias e outros elementos que formam uma ideia mais comum do que é música. No espaço são outros os desafios que ainda busco compreender, até porque cada espaço é único, o que me leva a pensar que cada espaço ja é em si uma composição.

Como foi a concepção do projeto Sonora?
Ele nasceu em julho de 2016, durante uma residência artística no espaço Área Criativa na cidade de Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Em parceria com Bruno Garibaldi, desenvolvemos uma série de atividades com os moradores, como colaborações com músicos locais, oficinas e apresentações em espaços públicos. Com a vontade de propiciar às pessoas uma experiência de imersão pautada pelo som e palavra, criamos uma viagem de barco para levar as crianças em uma jornada através da imaginação. Para nossa surpresa, aquilo deu tão certo que repetimos a atividade no presídio da cidade onde tivemos a certeza de que o projeto era algo maior e mais denso. Dessa forma, temos desenvolvido novos roteiros e explorado diferentes contextos e formatos de atuação. E agora o projeto tem um site, que pretende explicar e ilustrar um pouco mais sobre o Sonora.

E o Moto Perpétuo?
Surgiu ao longo do segundo semestre do ano passado, pensado especificamente para o contexto do festival Novas Frequências. A instalação foi meio que aparecendo conforme ideias sobre construção e destruição cruzavam meu caminho. Fui atrás de sons que pertencem a esse universo e acabei chegando num conceito de ciclo infinito, de uma angústia implícita nos processos ilusórios de renovação — além do fato de as cidades estarem inundadas por sons que, como consequência desses processos, nos habitam de forma inconsciente e esteticamente intrigante.

Ambos os projetos se valem de experiências imersivas. Casar alguns elementos estéticos de arte contemporânea com a música é uma maneira de extrair desta ainda mais possibilidades sensoriais?
Nosso corpo é algo complexo, principalmente nesse eixo sensorial… Acho que existem várias maneiras e possibilidades de se trabalhar isso, tento ativar essas possibilidades com o que me interessa e com o que trabalho melhor tecnicamente.

Você tocou no Dekmantel por aqui. Trabalhar com música nos moldes mais “tradicionais” te gera o mesmo entusiasmo?
Sim. Acho que o importante é manter uma conexão com o som de alguma maneira… Música tem um apelo muito forte em mim e isso não tem nada a ver com qualquer tipo de etiqueta ou categoria, mas sim com a potência de comunicação e transformação que o som carrega.

Inscreva-se para as novas turmas da Residência Artística do Red Bull Station

Iniciadas as inscrições para as 13ª e 14ª turmas da Residência Artística do Red Bull Station, que rolarão entre 01/08 a 02/09 e de 26/09 a 28/10, respectivamente. Cada uma das edições contemplará seis artistas ou coletivos atuantes nas áreas de artes visuais, performance, arte sonora, novas mídias e demais manifestações contemporâneas.

Fernando Velázquez, o curador do Red Bull Station, contará com a colaboração de dois ex-residentes, os artistas Bruno Palazzo e Raphael Escobar, para escolher o time de artistas. “Após 12 edições, estamos reformulando o projeto, teremos duas edições no ano, de menor duração, mas com maior intensidade”, afirma Fernando.

Além do espaço individual, os residentes terão à disposição dois ateliês colaborativos (um digital e o outro analógico) e o makerspace do Red Bull Basement. O programa também inclui um encontro individual com um curador convidado pela equipe do Red Bull Station, no chamado Studio Visit.

Quer participar?
Basta realizar a inscrição aqui no nosso site e seguir as diretrizes do edital. Dentre os itens obrigatórios para a seleção, estão o envio de currículo e portfólio dos candidatos até o dia 30/06.

Vale destacar que as inscrições para as duas próximas edições serão feitas pelo mesmo edital, entre maio e junho. Cada edição terá a duração de cinco semanas, com uma mostra de ateliê aberto ao final de cada uma. Em dezembro, todos os 12 residentes do ano apresentarão suas obras desenvolvidas durante o projeto em uma exposição coletiva no Red Bull Station.