Foram diversas palestras, workshops, shows, exibições de filmes e residências, parte de uma programação que envolveu arte, tecnologia, música, cultura do fazer, história, urbanismo, fotografia, etnografia, mudanças de comportamento e de paradigmas.
>>Acesse também o especial do Red Bull Studios São Paulo 2016<<
Pra lembrar um pouco do que foi 2016 por aqui, reunimos abaixo dez momentos importantes do ano. Aproveite para rever — ou assistir pela primeira vez — aos registros desses encontros.
PULSØ
Uma residência de músicos que reuniu gente de diversos cantos do país experimentando sonoridades e parcerias: essa foi a proposta do Pulsø 2016.
O encontro de quase 30 músicos rendeu uma coletânea de 14 faixas bem diversa, que você pode ouvir abaixo.
12ª RESIDÊNCIA ARTÍSTICA

Em julho, a exposição da 12ª Residência Artística do Red Bull Station mostrou trabalhos de seis artistas que ocuparam os ateliês do prédio por cerca de um mês e meio. O curador Fernando Velázquez destacou a proposta de falar das artes visuais de forma ampla: “O encontro de artistas de diferentes trajetórias causa uma discussão interessante e levanta o debate sobre o que é arte”. Questionamentos políticos, debate sobre ocupação de espaços na cidade, vida urbana e processos de cura aparecem nas obras de Janaína Miranda, Raphael Escobar, Luca Forcucci, Carolina Cordeiro, Anton Steenbock e Giuliano Obici, que no vídeo abaixo comentam seus trabalhos. Leia mais sobre aqui.
FESTIVAL RED BULL BASEMENT
Com enfoque em cidades e tecnologia, o festival teve como destaque a palestra de abertura do evento com o holandês Frank Kresin, diretor do instituto Waag Society, que cravou: “Existem muitas falhas e problemas com essas cidades inteligentes como estão sendo propostas atualmente. Primeiramente, elas começam pela tecnologia e não pelos humanos e seus desafios. Não olham para o que os humanos querem ou precisam, e tentam apenas empurrar tecnologias caras para dentro das cidades, desumanizando-as em vez de humanizá-las“. Assista ao discurso inteiro abaixo.
RESIDÊNCIA HACKER

Discutindo questões urbanas como ocupação do espaço público, afeto, noções de segurança e prevenção de enchentes, os residentes do programa Red Bull Basement criaram quatro projetos bem diversos neste ano. Aqui é possível ler mais sobre cada um e, abaixo, conhecê-los por meio de vídeo que registra um pouco do processo.
FAZ
Em sua primeira edição, o Festival de Cultura Maker teve como objetivo difundir a ideia de que todos podem criar tudo (ou quase tudo) o que quiserem, com dezenas de workshops gratuitos que foram de jardinagem a impressão 3D, passando por palestra com Guto Lacaz, artista e inventor, show com o multiartista argentino Jorge Crowe e apresentações de projetos com pegada “faça você mesmo”.
AFROT
Em outubro, o Red Bull Station sediou pela segunda vez a residência e festival AfroTranscendence. Produzido pela NoBrasil, com apoio da Red Bull Amaphiko, o evento recebeu artistas e pesquisadores de diversas áreas envolvidos com a cultura afro-brasileira.

A programação de quatro dias contou com palestras debatendo temas como descolonização do conhecimento, ancestralidade e estética negra, além de atividades para selecionados via convocatória aberta, exibição de filmes de realizadores africanos e performances.
FOTO_INVASÃO
Foram oito coletivos criando instalações especialmente para os ateliês e porão do prédio, cada um com uma proposta — lembrar o crime ambiental em Mariana (MG), como na imagem abaixo, pensar a efemeridade e o medo, falar sobre violência policial, prostituição e sobre a vida urbana. Além da exposição, performance, feira e palestra fizeram parte da programação intensa de três dias do Foto_Invasão, evento organizado pelo coletivo Lost Art junto a outros grupos que fazem parte do universo da fotografia contemporânea em São Paulo.

OS BRASIS EM SP
Realizado como um festival, em junho, e como uma residência artística que ocorreu ao longo do segundo semestre, Os Brasis em São Paulo buscou revelar as histórias de quatro mestres de cultura que vivem na capital paulista, resultando em uma exposição no nosso espaço e em intervenções urbanas que ocorreram na cidade celebrando a cantora Nega Duda, o sambista Carlão do Peruche, o educador indígena Pedro Macena e a festeira Graça Reis.
“A intenção é celebrar essas pessoas como importantes agentes de cultura brasileira e aproximar espaços da cidade que pouco as conhecem”, contou Mayra Fonseca, idealizadora do projeto. Conheça melhor esses nomes e saiba mais sobre a iniciativa aqui.

LAMBES NA LAJE
Foram duas edições e mais de 100 artistas expondo e vendendo seus trabalhos em arte gráfica neste ano. No vídeo abaixo, um pouquinho da última edição da feira de lambe-lambes que existe desde 2012.
SÓFÁLÁ
Encerramos o ano com o Sófálá, projeto da casa, organizado por Emerson Alcade e Majda Asad, que reuniu em 2016 slammers e MCs em diversas batalhas. Ao fim, os vencedores de cada uma garantiram a participação numa coletânea em livro e musical que serão lançadas no começo de 2017.
Veja também, em vídeo transmitido ao vivo, como foi a disputa final por aqui.
**
E 2016 teve ainda instalações como “Habitar” e a obra de Rodrigo Sassi, as exposições “Diários do Busão” e “Fronteiras”, muitas edições do Cine Performa, que mistura documentário e performance, palestra com Djamila Ribeiro (assista), debate sobre música e gênero, papo com KL Jay, além do evento Sincronicidade. Voltamos com mais em 2017, até já.