Grupo do Kamau fala sobre parcerias e músicas criadas no #PULSØ2016

DJ Nyack, os MCs Kamau, Daniel Raillow, Jota Ghetto, junto aos produtores MestreXim e Jhow Produz, formaram um dos grupos que passou o mês de abril criando dentro dos ateliês do Pulsø. No vídeo abaixo, eles contam um pouquinho como foi este processo:

Músicos baianos falam sobre processo de criação no Pulsø e show final

Uma das atrações do sábado, o grupo de curadoria do artista Filipe Cartaxo — formado pelos produtores Mahal Pita e João Meirelles, pelo guitarrista Junix (colaboradores do BaianaSystem) e pela cantora Livia Nery — conta como foi produzir uma música logo no primeiro dia de #PULSØ2016 e antecipa um pouquinho o show desta noite, no encerramento do projeto, previsto para às 20h40 e que deve contar com algumas participações especiais. Assista:

Chilena Valesuchi fará show de encerramento do #PULSØ2016

Foto: Dan Wilton / Red Bull Content Pool
Foto: Dan Wilton / Red Bull Content Pool

A produtora e DJ chilena Valesuchi irá fechar o sábado (30) de encerramento do Pulsø. Conhecida por suas experimentações, ela ministrou um workshop de discotecagem nesta última quinta-feira no Red Bull Station.

Esta é a terceira vez que a ex-aluna da Red Bull Music Academy vem ao Brasil: a última visita, em novembro do ano passado, foi a convite do festival Sónar.

A chilena Valesuchi durante workshop no Pulsø | Foto: Felipe Gabriel
A chilena Valesuchi durante workshop no Pulsø | Foto: Felipe Gabriel

O som de Valentina Montalvo Alé dispara em muitas direções. Com paixão pelos sintetizadores, seu sets servem tanto para pista quanto para ouvir no fone.

A apresentação da chilena está marcada para às 23h40 de domingo no showcase que fecha a nossa ocupação musical. Shows no Rio também estão no cronograma dos próximos dias da produtora no país.

Pulso – Showcase #2
Data: 30/4 (sábado)
Horário: 17h – 00h
Local: Red Bull Station (Praça da Bandeira, 137 – Centro)
Ingressos: Evento gratuito

Os sotaques do #PULSØ2016: uma conversa entre Belém e Goiânia

As trocas entre os 30 músicos reunidos para o #PULSØ2016 são uma das coisas mais interessantes da ocupação musical.

Entre as parcerias que rolaram durante o projeto, um grupo se formou com percussionistas do time do paraense Félix Robatto — artistas com experiência no carimbó e no tecnobrega — e do goiano Macloys Aquino (Carne Doce), mais ligados ao rock alternativo. No sábado (30), no último show da ocupação, eles vão mostrar um pouquinho do som que fizeram juntos.

Veja abaixo o ensaio.

 

Para saber mais sobre essa junção, a princípio pouco óbvia, a gente reuniu o Macloys e o Félix para um papo. Após a conversa, um questionou o outro sobre trajetória musical, a cena da cidade onde vivem, entre outras coisas que ajudam a entender a conexão de seus grupos. Confira:

Como rolou essa troca entre os grupos?

Félix Robatto – A interação começou com eles buscando Adriano e Douglas pra gravar. Eles quem tomaram a iniciativa, e eu achei bacana. E eu já tinha visto o Carne Doce em Brasília, nosso primeiro contato foi num festival.

Macloys Aquino – Nosso time não é só de goianos. E o Lê Almeida, que é carioca, tem uma característica de produção que ele grava tudo analógico. Então a gente pensou numa forma de absorvê-lo no grupo. E um dia teve um batuque muito forte na sala dos paraenses. Quando eu entrei, o Douglas falou “eu quero abrir os trabalhos”, e foi isso que ele fez. Ele começou com os tambores, a Gutcha [do grupo do RS] chegou com uma rabeca, eu e o Lê entramos e fizemos uma roda que durou uns 40 minutos. E ali começou uma conversa. Eu já tinha conhecido os meninos no festival em Brasília, conheci o Adriano e sabia que ele era um baterista incrível. Aí conheci o Douglas na abertura dos trabalhos. E, sabendo do Lê, foi só juntar.

Félix Robatto no primeiro showcase do Pulsø | Crédito: Felipe Gabriel
Félix Robatto no primeiro showcase do Pulsø | Crédito: Felipe Gabriel

O que vocês aprenderam nesse processo?

Macloys Aquino – A nossa fusão não absorveu a guitarra paraense, absorveu o rítmico. Mas eu admiro muito a guitarra de lá e escuto porque o primeiro disco de rock que ouvi na vida foi “Brothers in Arms”, do Dire Straits [Félix informa nessa hora que esse disco tocou muito lá], e ele tem umas guitarras limpas. Então eu sempre me interessei pelos timbres de guitarra limpos, e esses caras fazem isso com maestria, a guitarra sem modulação, e eu gosto. As guitarras que eu faço no Carne Doce são majoritariamente guitarras clean.

Félix Robatto – Tem umas coincidências que o que muda é o sotaque de tocar. O sotaque da música que eles fazem é diferente do nosso, a nossa guitarra é mais rítmica que a deles, eles já têm uma coisa bem melódica.

Macloys Aquino ensaiando durante o Pulsø | Crédito: Felipe Gabriel
Macloys Aquino ensaiando durante o Pulsø | Crédito: Felipe Gabriel

Macloys entrevista Félix

Como você vive de música?
Eu sempre vivi de música, desde os 13 anos eu toco e eu nunca travalhei com outra coisa. Eu cursei licenciatura em música na Universidade Estadual do Pará e nessa época me empolguei em dar aula, mas quando eu vi que isso estava me atrapalhando eu parei. Aí o que eu faço: toco e produzo. E é uma bola de neve no caso da produção, quanto mais você vai fazendo mais vai aparecendo [Félix produziu o disco “Treme”, de Gaby Amarantos, com quem tocou por anos, e tem diversos projetos com artistas no Pará]. Aí também montei uma festa, a Quintarrada, e é a festa que é o certo que paga minhas contas.

Tocar fora do Pará é muito diferente?
Em Belém é mais responsa, porque aqui as pessoas já estão mais acostumadas a ir pra um show que não conhecem e ver se gosta, porque ouviram falar que era bacana e foram lá. E em Belém as pessoas vão porque já conhecem.

Félix entrevista Macloys

Você falou que no seu grupo a maioria tem uma outra profissão [além de músico]. Como é lidar com isso quando pintam projetos como esse?
Eu comecei a encaminhar minha vida pra ficar mais livre na música, eu sou jornalista de profissão, mas tenho me organizado. Saí do jornal que eu trabalhava porque o envolvimento era muito pesado. Eu sempre mexi com banda, mas de uma forma muito amadora e recreativa, mas quando eu conheci a Salma e a gente lançou a banda surgiram propostas irrecusáveis, então a gente está fazendo e aprendendo. Você é um profissional da música, eu não sou mas gostaria muito de ser, e o que eu puder fazer na música hoje me é mais interessante que ser jornalista.

Qual o público que vocês querem atingir com a música de vocês [no Carne Doce], vocês pensam nisso?
Acho que o caminho que a gente faz é o inverso, a gente não tem público-alvo. A gente tem duas frentes no Carne Doce: a letra que provoca e a sonoridade que faz as pessoas se envolverem. Nosso show tem sido cada vez mais pesado, no sentido rock mesmo. A Salma, letrista, se sente provocada por muitas questões da vida cotidiana, e as pessoas se identificam com as perguntas feitas nas letras, a gente faz poucas afirmações.

 

Artistas do Pulsø vão sonorizar obra que aborda tema dos rios em SP

Músicos do coletivo de Chico Dub no estúdio durante o Pulsø 2016 | Foto: Felipe Gabriel
Músicos do coletivo de Chico Dub no estúdio durante o Pulsø 2016 | Foto: Felipe Gabriel

Neste sábado, abrindo o showcase de encerramento do Pulsø 2016, o grupo de músicos selecionado pelo produtor Chico Dub para o projeto (formado por Thingamajicks, Paula Rebellato, Abdala, Daniel Nunes e Haley Guimarães) irá sonorizar a obra “Fronteiras_Zero Hidrográfico”, no último dia de exposição do trabalho que ocupa a galeria do Red Bull Station desde 20 de fevereiro.

A instalação da dupla Gisela Motta e Leandro Lima traz à tona o embate dos habitantes de São Paulo com as enchentes, dialogando com o edifício que a recebe — construído na confluência dos rios Saracura, Japurá-Bixiga e Itororó, o prédio foi uma das principais usinas de energia da capital no começo do século XX.

Obra "Zero Hidrográfico" | Foto: Lucas Lima
Obra “Zero Hidrográfico” | Foto: Lucas Lima

“Quando fui convidado para co-curar o Pulsø‬, quis imediatamente proporcionar como projeto final algo que fosse muito além de uma apresentação musical. Ao ‘tocar’ com a ‘Zero Hidrográfico’, meu coletivo não só irá conversar com a obra, ajudando assim a quebrar a barreira imposta no Brasil entre a música experimental e a arte contemporânea, como também com o prédio”, diz Chico, que é idealizador do festival Novas Frequências.

Os músicos que irão sonorizar a instalação têm trabalhos ligados ao eletrônico experimental e a apresentação deve durar em torno de 40 minutos.

Abdala, um dos músicos do coletivo de Chico Dub, no ateliê durante o Pulsø | Felipe Gabriel

Quem participa também é João Meirelles, DJ do BaianaSystem e criador do projeto Infusão, que integra o grupo de Filipe Cartaxo no Pulsø. “Desde o começo da ocupação a gente passa pela obra todo dia, se relaciona com ela, então quando eu soube que isso ia acontecer fiquei muito interessado e quis estar junto”, conta João.

“Os artistas estarão espalhados pela obra: serão três duplas posicionadas em três mesas de apoio, tudo centralizado e mixado ao vivo pelo Daniel Nunes, artista sonoro e músico do Constantina, de Belo Horizonte. Falar mais do que isso é estragar a surpresa, mas posso dizer que realmente entramos a fundo no conceito da obra, passeando por referências explícitas e outras mais subjetivas. Vamos tratar de meio ambiente, caos urbano, aquecimento global e enchentes”, adianta Chico.

Daniel Nunes captando sons para a apresentação no Pulsø | Foto: Felipe Gabriel
Daniel Nunes captando sons para a apresentação no Pulsø | Foto: Felipe Gabriel

Ao longo desta semana, Daniel Nunes vem circulando pelos arredores do prédio captando sons. “A ideia é realizar várias gravações de campo de forma a constituir o desenho que a gente já pré-moldou, de como a gente interage e desenha sonoramente essa obra”, explica.

Keila Gentil: 5 mulheres que inspiram a rainha do treme

Foto: Felipe Gabriel
Foto: Felipe Gabriel

Uma das artistas que participa desta edição do Pulsø, Keila Gentil ficou conhecida por ser a voz da Gang do Eletro, grupo que estourou quando ela tinha apenas 20 anos e um filho de poucos meses. Surgida em Belém, a banda fez parte de uma geração que amplificou a cena do tecnobrega e do eletromelody paraenses no Brasil e no mundo.

Keila e Will Love durante show no Pulsø | Foto: Felipe Gabriel
Keila e Will Love durante show no Pulsø | Foto: Felipe Gabriel

Cinco anos depois, ela está iniciando uma carreira solo que deve ganhar mais corpo em breve, a partir de parcerias que vem fazendo no Pulsø ao lado de outros músicos de seu grupo, selecionado pelo guitarrista Félix Robatto (La Pupuña, Gaby Amarantos).

“Na Gang eu não conseguia me expressar tanto assim, colocar uma coisa só minha, e eu estava com necessidade de mostrar uma outra face, sem fugir muito do que é minha essência: o tecnobrega, a música de periferia, de gueto. Agora eu tenho umas composições que têm uma linguagem um pouco mais pop, que falam do dia a dia, do comportamento feminino”, diz.

A cantora em ensaio durante o Pulsø | Foto: Felipe Gabriel
A cantora em ensaio durante o Pulsø | Foto: Felipe Gabriel

Combinando influências que vão do hip hop até sua experiência em corais de igreja, Keila fala sobre cinema [ela acaba de atuar no filme “Amores Líquidos”], feminismo, política — assuntos em relação aos quais se posiciona firmemente nas redes sociais. Fala também de dança, atividade muito importante em sua trajetória, o que fica claro ao assistirmos uma apresentação dela (não deixe de conferir no sábado, dia 30, no último showcase do Pulsø).

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Um pouquinho do treme da Keila num gif do show no Pulsø 2016

“Apesar de ser da igreja, eu dava aquela fugida porque sempre gostei muito de dançar. Meu tio dança hip hop, é um dos precursores deste movimento em Manaus [onde a cantora nasceu], então eu cresci no meio do rap. Tanto é que parte da dança do tecnobrega que faço foi desenvolvida por causa dessa minha postura do hip hop — eu aprendi a dançar o treme e comecei a misturar isso no palco”, explica.

Aproveitamos a presença dela no Pulsø para bater um papo e saber quais foram as artistas mulheres que a influenciaram e seguem sendo uma inspiração. Confira:

Fafá de Belém – “Referência de voz e de interpretação pra mim é a Fafá, porque é indiscutível que a música ganha uma vida muito grande na voz daquela mulher. Eu me arrepio todinha quando ela canta”.

www.fafadebelem.com.br
Foto: www.fafadebelem.com.br

Jorane Castro – “Diretora do primeiro longa de ficção do cinema paraense em 30 anos, que estou protagonizando com outras duas meninas paraenses também”, conta Keila. O filme se chama “Amores Líquidos” e deve estrear neste ano.

Brittany Howard, vocalista do Alabama Shakes – “Essa mulher é o máximo!”.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Joelma – Keila destaca a importância da difusão da dança paraense pela vocalista da banda Calipso.

Clara Nunes – “Acho que essa era uma mulher empoderada, que falava da religião dela sem pudor, sem medo, e representava aquilo com toda a força que ela tinha”.

Capa de disco de 1980 de Clara Nunes | Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

(Por Adriana Terra)

Como foi a terceira semana do Pulsø em gifs

Teve um monte de show bom no último sábado (16), teve palestra lotada sobre música e gênero e teve nossos músicos gravando e se preparando para a reta final da ocupação.

Vem ver, em gifs, como foram os shows do dia 16 e a terceira semana do projeto que reúne artistas de variadas partes do país para criar novos sons e debater o mercado da música durante um mês no Red Bull Station:

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Se fôssemos resumir num gif, a semana teria sido mais ou menos assim: treeeeeme!

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Tudo isso pós-primeiro showcase do Pulsø, que teve discotecagem do Nyack — DJ bom é DJ que canta e dança enquanto toca, certo?

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A ala baiana fez um show cheio de synths, controladores e vocais climáticos, bem lindo de ver.

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Jota Ghetto também chegou pesado no seu show com o Kamau.

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Teve dancinha na gravação do BRISA, novo programa da RBMA Radio, com o balanço brisante da Debora…

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E teve danção no show da Gang do Eletro, com o público mais animado dos últimos tempos.

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Mas a vida não é só festa, minha gente. Teve também o grupo da Juli Baldi gravando no estúdio — dia 30 tem show deles.

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E teve palestra lotada debatendo música e gênero com Liniker, LAY e Rico Dalasam, com participação forte do público e de outros artistas que engrossaram o caldo do encontro. Treeeeme!

Conheça os selecionados para a 12ª Residência Artística

Carol Cordeiro (MG), Giuliano Obici (PR; vive no RJ), Janaina Miranda (DF), Raphael Escobar (SP) e os estrangeiros Anton Steenbok (Alemanha; vive no RJ) e Luca Forcucci (Suíça) serão os novos ocupantes dos ateliês do Red Bull Station a partir de 11 de maio.

Selecionados dentre 1.093 inscritos, eles estarão imersos no programa até 1º de julho de 2016, em uma espécie de laboratório onde poderão adquirir experiências e potencializar suas criações.

::Veja como foi a 11ª edição

Fernando Velázquez, assim como no último ano, é quem assina a direção artística do espaço. Além dele, o artista Divino Sobral e a curadora Marta Mestre compõem o júri responsável pela escolha da nova turma.

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A artista Janaína Wagner trabalha em seu ateliê na 11ª Residência | Foto: Lost Art / Red Bull Content Pool

Além do programa de residência em si, também estão previstos no cronograma dos participantes studio visits, palestras, workshops, exposições e outras atividades.

Veja abaixo a nota do júri sobre a seleção e conheça o corpo de curadores que escolheu os artistas para a residência.

Nota do júri

No processo de seleção para a 12ª Residencia Artística do Red Bull Station, o júri levou em consideração a amplitude das pesquisas apresentadas pelos artistas com base nos portifólios e na possibilidade de expansão das mesmas durante o período de residência.

Pontuou-se a inquietação poética, comprometida com os problemas do mundo contemporâneo, a capacidade de dialogar com a paisagem geográfica, política e social da residência e, na medida do possível, a diversidade geográfica brasileira.

Procurou-se também evitar qualquer tipo de hierarquização relativamente às mídias seleccionadas, valorizando a capacidade de realizar cruzamentos entre diferentes áreas disciplinares, especulando sobre a potencialidade para experimentação com diferentes materiais, tecnologias e procedimentos.

Por último, com o objetivo de compor um grupo heterogêneo e com potencialidade para realizar trocas, atentou-se para a seleção de artistas em diferentes estágios do percurso.

Fernando Velázquez, Divino Sobral, Marta Mestre

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Fernando Velázquez, curador e diretor artístico do Red Bull Station – De Montevidéu, Uruguai, Velázquez é artista multidisciplinar. Suas obras incluem vídeos, instalações e objetos interativos, e performances audiovisuais. Doutorando em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Mestre em Moda, Cultura e Arte pelo Senac-SP, participa de exposições no Brasil e no exterior com destaque para a Emoção Art.ficial Bienal de Arte e Tecnologia (Brasil, 2012), Bienal de Cerveira (Portugal, 2013 e 2011), Mapping Festival (Suiça, 2011), WRO Biennale (Polônia 2011), On_off (Brasil, 2011), Bienal do Mercosul (Brasil, 2009), Bienal de Tessalônica (Grécia, 2009), Bienal Ventosul (2009), e o Pocket Film Festival no Centro Pompidou (Paris, 2007). Obteve dentre outros o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (Brasil, 2009), Mídias Locativas Arte.Mov (Brasil, 2008), “2008, Culturas” e o Vida Artificial (ambos na Espanha, 2008). Foi curador do Motomix 2007, Papermind Brasil, Dorkbot São Paulo e do Projeto !wr?. Professor da PUC_SP, vive e trabalha em São Paulo.

Divino Sobral de Sousa – O artista visual e desenhista nasceu em Goiânia, em 1966. Autodidata, desenvolve trabalhos como pesquisador e curador independente. Escreve textos críticos publicados no Brasil e no exterior. Sua obra, que transita entre desenho, pintura, escritura, objeto, escultura, instalação e performance, reúne elementos de sua memória pessoal entrelaçados com a mitologia – como um modo de estabelecer metáforas de um controle imaginário do tempo e do espaço – e com a história – quase como uma reconstituição da estética medieval. Em suas instalações, incorpora cordões fiados a partir de cabelos com os quais tece redes; livros que imobiliza (fossiliza) pela imersão em cera; roupas que são ora oxidadas, ora bordadas, formando estampas que parecem reproduzir textos sobre o tecido; e, algumas vezes, incorpora suas narrativas textuais que se inscrevem como desenhos.

Marta Mestre (Portugal, 1980) – A portuguesa radicada no Rio de Janeiro é graduada em História da Arte, com mestrado em Cultura e Comunicação. Coordenou e programou o Centro de Artes de Sines (Portugal, 2005-08) e foi curadora assistente do MAM-Rio. Como crítica de arte, publicou nas revistas ArteyParte, Dardo, RawArt, Arte Capital, Concinittas, Kaleidoscope e Buala. Iniciou a curadoria em 2005 (seleção): “Ngola Bar – Kiluanji Kia Henda” (2007); “A situação está tensa mas sob controlo” (Artecontempo, Lisboa, 2008); “Estado de Atenção” (Casa da Cerca, Almada, 2019); “Terceira Metade: Atlantico Sul” (MAM-Rio, 2011), “Se tudo é humano, tudo é perigoso” (Laboratório Curatorial, SPArte, SP, 2012), “Arquivo Aberto: 1983-97” (Centro Sérgio Porto, Rio de Janeiro, 2012), “Deus não Surfa” (Rio de Janeiro, 2013), “Mundos Cruzados” (MAM-Rio, 2014), “Lourival Cuquinha: territórios e expansões” (MAM-Rio, 2014), “Resistir ao passado, ignorar o futuro e a incapacidade de conter o presente”, de Vijai Patchineelam (MAM-Rio, 2014), “Ações, estratégias e situações” (MAM-Rio, 2015); algumas em colaboração. Foi uma das curadoras (2010-2012) da editora portuguesa Ymago que publica Rancière, Didi-Huberman, Belting e Warburg, e uma das dinamizadoras de Ações Curatoriais, encontro de curadores e artistas realizado em Florianópolis, no ano de 2014.

Como foi a segunda semana do Pulsø em gifs

Keila Gentil e Will Love dando aquela aula básica de carimbó no meio da palestra, vocal ragga se misturando a ritmos paraenses, visitinhas do Haikaiss, da Tássia Reis e da dupla Dois Africanos, além de ensaios intensos pra apresentação de sábado: vem ver como foi a segunda semana da nossa ocupação musical Pulsø, que acontece até o fim de abril, em gifs.

batucada

A segunda-feira começou com uma batucada para abrir caminhos, reunião da ala paraense com a Gutcha Ramil, o Macloys e o Lê Almeida.

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Teve bastante visita nessa semana também. O Izzy, da dupla Dois Africanos, é pura simpatia e zoêra.

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Pega o flow da Tássia e a dancinha da Erica Dee (gif colaborativo feito com ajuda do nosso parça Kamau, que está fazendo a melhor cobertura do Pulsø no snapchat, segue ele).

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Assim como o groove do Zudzilla, que vem se dividindo entre seu grupo e o povo do rap de SP.

dupla

O Caiuby veio gravar um vocal ragga na ala paraense.

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E ficou impressionado com a Keila se arriscando nos tambores.

haikais

Teve visitinha de integrante do Haikaiss nessa semana aqui também. Acho que o beat tá aprovado…

carimbo

E teve ainda Keila Gentil e Will Love dando show: nada como uma aula de carimbó vol. 1 no meio de uma palestra. Até a próxima semana!