Aventuras do Artista Contemporâneo #1 por Rafa Campos

Ele tarda. Ele falha. E às vezes, nem isso.  Ele é: O ARTISTA CONTEMPORÂNEO!

Duas vezes por semana o herói dos opressores, o paladino da injustiça, o arauto das notícias desimportantes inundará este site com suas aventuras estupendas, psicografadas por ninguém mais (foi o que conseguimos de última hora) Rafa Campos! Sim, ele mesmo! Não, esse é outro. Sim, sabemos que esse é mais famoso, melhor desenhista, mas é outro cara. Olha, lamento! Não, não vai conseguir seu dinheiro de volta. Paciência, cada um faz o que pode. E lá vamos nós!

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Programação paralela Exposição Adrenalina

PROGRAMAÇÃO PARALELA 

_Oficina de construção de controladores DIY com Henrique Roscoe

Data: 18 e 19 de março | 19:00 às 22:00
Local: Red Bull Station
Inscrições pelo site
Sujeito a lotação. Entrada gratuita

Ensinar aos artistas como desenvolver interfaces DIY para controlar programas de edição em tempo real. Mostrar as possibilidades do Arduino no desenvolvimento de projetos. Como fazer um controlador que atenda às necessidades específicas de cada artista. Software usados para converter os dados de entrada e softwares que podem ser controlados por estas interfaces. Uso de sensores como variáveis para alterar parâmetros nos programas.

O workshop tem como objetivo ensinar como construir instrumentos e controladores midi utilizando interfaces customizadas. Estas interfaces utilizam sensores, botões, faders, etc, que são ligados ao computador por meio de uma placa que converte o sinal em midi e pode controlar qualquer programa que aceite parâmetros midi. Estes controladores têm baixo custo e a vantagem de serem construídos para necessidades específicas dos artistas.

Serão exibidos alguns instrumentos e controladores, os programas que fazem a interface analógica / digital e, a partir de ideias dos alunos serão construídos cinco controladores simples. 

_Performance audiovisual Synap.sys – Henrique Roscoe

Data: 20 de março | 19:30 às 20h
Aberto ao público| Sujeito a lotação | Entrada gratuita

Lembranças do passado ou do futuro, coletivas ou pessoais, instintos ou conhecimentos adquiridos com o tempo. Estes são os temas tratados nesta performance audiovisual executada ao vivo através de uma interface criada pelo artista. Este instrumento simboliza as ligações que acontecem no cérebro humano: as sinapses, que fazem as ligações entre neurônios a fim de permitir a codificação de informações adquiridas pelos nossos sentidos, a gravação destas ao longo do tempo além de servir de fonte para nossas lembranças. A performance trata das sensações e sentimentos que de alguma forma passam pela memória, através de abstrações, imagens e sons que fazem parte do processo de formação destas lembranças, que durante a vida moldam nossa personalidade e afetividade.

Henrique Roscoe é artista digital, músico e curador. É graduado em Comunicação social pela UFMG e Engenharia Eletrônica pela PUC/MG, com especialização em Design pela FUMEC. Com o projeto audiovisual conceitual e generativo HOL se apresentou nos principais festivais de imagens ao vivo no Brasil como Sónar, FILE, ON_OFF, Live Cinema, Multiplicidade, FAD e também no exterior, na Inglaterra (NIME, Encounters), Alemanha (Rencontres Internationales), Polônia (WRO), EUA (Gameplay), Grécia (AVAF), Itália (LPM e roBOt), e Bolívia (Dialectos Digitales). Desenvolve instalações interativas e cria instrumentos e interfaces interativas usando sensores e objetos do cotidiano, gerando construções inusitadas.

_Oficina “Introdução ao Open Frameworks” – inscrição site, vagas limitadas

Data: 28, 29 e 30 de abril |19:00 às 22:00
Inscrições pelo site
Sujeito a lotação | Entrada gratuita

O workshop tem como objetivo introduzir os participantes ao desenvolvimento de programas baseados em OpenFrameworks, com enfoque em gráficos bidimensionais e manipulação de imagens e vídeo.

Público alvo: Interessados em tecnologia criativa e arte generativa; profissionais e estudantes das áreas de artes visuais, design gráfico, design digital e outros;

Pré requisitos: Noções de programação em ferramentas como Processing, JavaScript, ActionScript e similares.

Material do aluno: Trazer o seu próprio notebook com os seguintes softwares instalados: no caso de Mac: Xcode / no caso de Windows: Code::Blocks – de acordo com as instruções disponíveis no site do Open Frameworks: https://www.openframeworks.cc/

Andrei Thomaz é artista visual e professor no Istituto Europeo di Design em São Paulo. Mestre em Artes Visuais pela ECA/USP e formado em Artes Plásticas pela UFRGS. Sua produção artística abrange diversas mídias, digitais e analógicas, envolvendo também várias colaborações com outros artistas, entre as quais encontram-se performances sonoras e instalações interativas.

_Mesa redonda sobre a exposição Adrenalina com Guilherme Kujawski e Roberto Cruz

Data: 24/03 | 20:00 – 22:00
Aberto ao público| Sujeito a lotação | Entrada gratuita

Guilherme Kujawski é produtor de conteúdo, curador e escritor. Depois de defender sua tese de mestrado em artes visuais na Donau-Universität, na Áustria, começou seus estudos de doutorado no Instituto de Arquitetura e Urbanismo na USP de São Carlos. Ele é o autor de numerosos artigos sobre novas mídias e foi editor de CIBERCULTURA, revista de arte e ciência patrocinada pelo Instituto Itaú Cultural. Lá, ele também coordenou uma série de simpósios e exposições, tendo realizado a co-curadoria de quatro edições do Emoção Art.ficial, a bienal internacional de arte e tecnologia. Ele também é escritor de ficção científica, tendo publicado em 1994 o seu primeiro livro, Piritas Siderais, um romance cyberbarroco. Atualmente, leciona design crítico no Instituto Europeo di Design, em São Paulo, e trabalha como editor de mídias digitais na Select, revista bimestral especializada em arte contemporânea.

Roberto Moreira S. Cruz é curador independente e produtor cultural. Está vinculado especialmente às áreas de vídeo e filmes de artista, interessado em cinema expandido e artistas brasileiros que trabalhem nessas áreas. Realizou a curadoria de importantes exposições de vídeo, cinema e live image, trabalhando principalmente em colaboração com o Itáu Cultural, onde atualmente realiza consultoria para a aquisição e constituição da coleção de filmes e vídeos de artistas para a instituição. Também idealizou e coordena a Duplo Galeria.

_Performance “Espécie” 

Direção e concepção: Valéria Braga e Rodrigo Cunha
Performer: Rodrigo Cunha
Data: 15, 16 e 17 de abril -|20hs
Aberto ao público| Sujeito a lotação | Entrada gratuita

“Espécie” é uma performance na qual Rodrigo Cunha explora estados de consciência alterada através da transformação e metamorfose contínua do seu corpo. O processo se dá numa sala completamente escura e desenvolve um roteiro que evolui de forma surpreendente, aguçando e desafiando nossos sentidos e convocando nossos medos e fobias. A imersão promovida pela ausência de luz e som, junto à intensidade energética de Rodrigo, que perde mais de 3 kilos durante o processo, promovem um estado de consciência corporal no próprio espectador, que ao cabo de alguns minutos começa a perceber o entorno nos seus mínimos detalhes, tencionando a relação entre indivíduo, coletivo e ambiente. “Espécie” é uma performance altamente imersiva que paradoxalmente na era dos dispositivos altamente tecnológicos, se utiliza de um simples artefato analógico fora o corpo do performer, mas essa é uma das surpresas.

SAIBA MAIS SOBRE A EXPOSIÇÃO

 

Adrenalina – a imagem em movimento no século XXI

De 14 de Março a 5 de Maio de 2015 o Red Bull Station apresenta a exposição Adrenalina – a imagem em movimento no século XXI, que reúne obras de artistas nacionais e internacionais e tem curadoria de Fernando Velázquez.

São eles: Chris Coleman [EUA], Donato Sansone [Itália], Henrique Roscoe [Brasil], Hugo Arcier [França], Lucas Bambozzi [Brasil], Luiz Duva [Brasil], Matheus Leston [Brasil], Mike Pelletier [Canadá/Holanda], Rick Silva [Brasil/EUA], Ricardo Carioba [Brasil], Richard Garet [Uruguay/EUA], Ryoichi Kurokawa [Japão], Santiago Ortiz [Colômbia], Semiconductor [Reino Unido], Susi Sie [Alemanha], Transforma [Alemanha/Inglaterra].

A adrenalina é um hormônio neurotransmissor que é descarregado no corpo em situações que demandam uma rápida resposta em termos cognitivos, comportamentais e fisiológicos. Ela aguça os sentidos e aumenta a capacidade do cérebro de processar informações, com o objetivo de reestabelecer o equilíbrio entre o ser e o meio.

Esta exposição apresenta um recorte do audiovisual nos dias de hoje, em que vivemos anestesiados pela imagem. Emprestar, no título da mostra, o nome desta substância é um modo de sugerir que ainda podemos ser desafiados e surpreendidos por imagens. 

Os trabalhos apresentados têm em comum a utilização de programação algorítmica e de artifícios generativos, ou seja, se utilizam de sistemas ou regras que permitem o aparecimento de soluções imprevistas. São obras que exploram os recursos narrativos e de linguagem do chamado tempo real, estratégia alternativa à edição convencional de natureza aristotélica.

O interessante neste conjunto de obras está na forma particular de olhar a realidade, as coisas e as pessoas, revelando estruturas e qualidades visíveis e invisíveis a partir de perspectivas que nos solicitam condicionamentos cognitivos específicos, além da abertura ao diálogo com imaginários pouco conhecidos.

Como nos lembra Steve Dietz, todo novo meio penetra as camadas da cultura deixando um legado estrutural de base. O novo meio da fotografia trouxe um outro entendimento da estética da pintura e contribuiu para consolidar culturalmente a conjunção tempo-espaço. O novo meio do vídeo traz uma nova compreensão da estética do cinema, e junto com a TV estabelece o assimilação da ideia de tempo real. O novo meio digital muda o entendimento da arte no sentido que desloca o interesse do comportamento da forma, para a forma dos comportamentos, destacando a potência da interatividade e dos comportamentos em rede. Dos campos eletromagnéticos que nos atravessam em tempo integral (e cujo real efeito sobre o nosso corpo ainda desconhecemos), ao corpo de dados que nos conforma (possível de ser processado e manipulado por algoritmos autônomos), vivemos tempos de reconfigurações sutis da ética, da estética, da política e do território – tópicos sobre os quais propomos refletir a partir deste heterogêneo grupo de obras.

Apoio: SONY

Conheça os artistas e as obras em exibição no Red Bull Station:

Chris Coleman
Donato Sansone
Henrique Roscoe (VJ 1mpar)
Hugo Arcier
Lucas Bambozzi
Luiz duVa
Matheus Leston
Mike Pelletier
Rick Silva
Ricardo Carioba
Richard Garet
Ryoichi Kurokawa
Santiago Ortiz 
Semiconductor
Susi Sie
Transforma 

Sobre o curador:

De Montevidéu, Uruguai, Fernando Velazquez é artista multidisciplinar e vive e trabalha em São Paulo. Suas obras incluem vídeos, instalações, objetos interativos e performances audiovisuais. Mestre em Moda, Cultura e Arte pelo Senac-SP, participa de exposições no Brasil e no exterior com destaque para a Emoção Art.ficial Bienal de Arte e Tecnologia (Brasil, 2012), Bienal de Cerveira (Portugal, 2013 e 2011), Mapping Festival (Suiça, 2011), WRO Biennale (Polônia 2011), On_off (Brasil, 2011), Bienal do Mercosul (Brasil, 2009), Bienal de Tessalônica (Grécia, 2009), Bienal Ventosul (2009), e o Pocket Film Festival no Centro Pompidou (Paris, 2007). Obteve, dentre outros, o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (Brasil, 2009), Mídias Locativas Arte.Mov (Brasil, 2008), “2008, Culturas” e o Vida Artificial (ambos na Espanha, 2008). Foi curador do Motomix 2007, Papermind Brasil, Dorkbot São Paulo e do Projeto !wr?. Além da Exposição Adrenalina, atualmente está à frente da curadoria da 10ª Turma do Programa de Residência Artística do Red Bull Station, onde também é diretor de arte.

Confira a programação paralela à mostra:

Workshop com o artista Henrique Roscoe (VJ 1mpar) – 18 e 19 de Março
> Performance de Henrique Roscoe (VJ 1mpar) – 20 de Março
> Mesa Redonda com  Juliana Monachesi, Guilherme Kujawski e Roberto Cruz  – 24 de Março
> Performance “Espécie” – 15, 16 e 17 de Abril
> Workshop com Andrei Thomaz  – 28, 29 e 30 de Abril