Data e horário

02/07/2016 - 13/08/2016

11H - 19H

Local

Em todo o prédio

De 2 a 30 de julho, o público poderá conferir o resultado de um mês e meio de trabalho dos seis artistas que integraram a 12ª Residência Artística do Red Bull Station.

Carolina Cordeiro (MG), Giuliano Obici (PR), Janaina Miranda (DF), Raphael Escobar  (SP) e os estrangeiros Anton Steenbock (Alemanha; vive no RJ) e Luca Forcucci (Suíça) apresentam as obras e pesquisas realizadas entre 11 de maio e o fim de junho no local.

O programa tem curadoria do uruguaio Fernando Velázquez e a mostra dos residentes ocupa as duas galerias (Transitória e Principal) e alguns dos ateliês do prédio. Para Velázquez, a ideia é falar das artes visuais de uma forma ampla. “O encontro de artistas de diferentes trajetórias causa uma discussão interessante e levanta a discussão sobre o que é arte”, diz Velázquez. “O impacto da cidade é bastante interessante.”

Instalação de Giuliano Obici | Foto: Lost Art / Red Bull Content Pool
Instalação de Giuliano Obici | Foto: Lost Art / Red Bull Content Pool

Dois dos artistas trabalharam, de diferentes formas, com a ideia dos rios que passam sob o prédio do Red Bull Station: o paranaense Giuliano Obici construiu uma instalação provocando uma “enchente” audiovisual com monitores. Já a mineira Carolina Cordeiro relacionou sua experiência com rios no Norte do Brasil com os soterrados córregos paulistanos.

Trabalho de Carolina Cordeiro
Trabalho de Carolina Cordeiro | Foto: Lost Art /Red Bull Content Pool

O alemão Anton Steenbock exibe, na Galeria Transitória, uma instalação que é extensão deste seu projeto, enquanto Janaína Miranda desenvolveu um trabalho partindo da relação entre nomes e objetos, catalogando frutas e suas curiosas etiquetas, e reunindo em uma publicação fotografias de galerias de presidentes.

"Galeria de Presidentes", publicação de Janaína Miranda
“Galeria de Presidentes”, publicação de Janaína Miranda | Foto: Lost Art / Red Bull Content Pool

O suíço Luca Forcucci mostra um manifesto que se conecta com sua pesquisa acerca do trabalho do poeta Blaise Cendrars, seu conterrâneo que fez um percurso pelo interior do Brasil ao lado de modernistas na década de 1920 – trajeto que Luca refez, em partes, nos últimos anos.

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Pesquisa no ateliê de Luca Forcucci | Foto: Lost Art / Red Bull Content Pool

Já o paulistano Raphael Escobar investigou, ao longo da residência, como fazer cachaça ao estilo da Maria-Louca, bebida criada nas penitenciárias com processos elaborados de fermentação e destilação. Ele construiu então um destilador caseiro, produzido informalmente em ruas e presídios. O trabalho se conecta com sua pesquisa, na qual procura destacar situações do cotidiano que evidenciam as estruturas de poder subjacentes na cidade.

O artista Raphael Escobar em seu ateliê
O artista Raphael Escobar em seu ateliê | Foto: Lost Art / Red Bull Content Pool